Um caminhoneiro tentou invadir a sede da PF, e seguidores do “coiso” insistem na tentativa de reduzir crimes contra democracia a um passeio inocente em Brasília. Os fatos têm a mesma origem. A implantação do fascismo vive da loucura do caminhoneiro e da insanidade dos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A punição é necessária, sobretudo, para impedir a legitimidade dessas atitudes. A intenção, de apoiadores do “coiso”, ao propor a “anistia” para os golpistas, é de normalizar essas ações, e manter o caminho aberto para que isso aconteça novamente. A maioria da população brasileira nunca vai permitir. Ditadura Nunca Mais!O Brasil se mobiliza, para a punição de todos os golpistas. Foi assim que aconteceram as grandes mudanças democráticas em nosso país. Manifestações públicas, pelo fim da ditadura implantada pelo golpe de 1964; por “Diretas Já; e pelo “Fora Collor” foram decisivas. Em todos os momentos, no entanto, as mobilizações, da maioria do povo, tiveram contraposição. Alguns queriam a perpetuação da ditadura; tentaram postergar a eleição direta; e quiseram a permanência de Fernando Collor. A democracia das ruas sempre venceu. Na conjuntura atual, o próprio “coiso” reuniu seguidores de suas ideias. Mas vamos vencer novamente. Ditadura Nunca Mais!
Um caminhoneiro tentou invadir a sede da PF, e seguidores do “coiso” insistem na tentativa de reduzir crimes contra democracia a um passeio inocente em Brasília. Os fatos têm a mesma origem. A implantação do fascismo vive da loucura do caminhoneiro e da insanidade dos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A punição é necessária, sobretudo, para impedir a legitimidade dessas atitudes. A intenção, de apoiadores do “coiso”, ao propor a “anistia” para os golpistas, é de normalizar essas ações, e manter o caminho aberto para que isso aconteça novamente. A maioria da população brasileira nunca vai permitir. Ditadura Nunca Mais!
Pessoas, que defendem o “coiso”, costumam afirmar que ele não deveria ser declarado réu porque o golpe contra a democracia não se consumou. Para essas pessoas insanas, o “projeto” do golpe, por ser “apenas” um plano, não merece punição. Advogam, também, a inocência dos golpistas. Há, pelo menos, um sentido ardiloso no argumento. A suposta inocência faria com que todas as pessoas que participaram do 8 de janeiro de 2023 (e quem incentivou e financiou as ações) permanecessem livres, para a preparação de outros golpes fascistas. Mas não existe nenhuma possibilidade de perdoar os golpistas, justamente porque queremos um futuro democrático para o Brasil e para o mundo.
Os golpistas de 8 de janeiro de 2023 pretendiam coroar um processo que, ao sepultar a democracia, tentou legitimar atitudes machistas, racistas e homofóbicas, além de agressões ao meio ambiente. As ações fascistas querem, ainda, perpetuar a exploração capitalista e a exclusão social. Por todas essas razões, é imperativo que haja punição exemplar para todas as pessoas envolvidas com o dia 8 de janeiro de 2023; para as pessoas que financiaram a insanidade; e, muito especialmente, para pessoas como o “coiso”, que incentivaram e incentivam o golpismo.
O capitalismo é especialista na produção de lucros para poucos, ao custo do aumento da miséria de muitos. Um dos exemplos dessa crueldade é a “mais valia”, extraída do trabalho humano. O trabalhador assalariado, em vários casos, obtém, apenas, uma minúscula parte do preço final das mercadorias. O excedente, acumulado como lucro, é infinitamente grande. As iniciativas, de corrigir a desigualdade inaceitável (como a correção da tabela do imposto de renda) são defendidas pelas pessoas que querem superar as desigualdades sociais. O protagonismo, de trabalhadoras e de trabalhadores, é capaz de construir um futuro para todas as pessoas.
O barulho em torno das condenações de golpistas, é uma mentira pública que visa, especialmente, dialogar com a desinformação e com o fanatismo. A punição é necessária, em todos os casos, para evitar um mergulho no abismo do autoritarismo. A moça do batom é acompanhada pela parlamentar, de arma em punho. Todas essas pessoas querem a volta da ditadura, que não podemos repetir. As futuras gerações merecem um mundo melhor, e mais justo, livres de batons fascistas e de revólveres perseguidores. A democracia é o caminho para a construção da igualdade. Ditadura Nunca Mais!
O debate, sobre a proposta de isenção do Imposto de Renda, revelou um tipo de defensor do enriquecimento individual, que se opõe a qualquer iniciativa de eliminação da desigualdade social. Esses “advogados dos ricos”, em muitos casos, são extremamente pobres. O projeto socialista é materializado na realização do sonho de igualdade entre as pessoas. Fazem parte do sonho socialista a implantação de políticas públicas de superação das desigualdades, e o protagonismo coletivo das pessoas excluídas. A adesão, de parte do povo pobre, a teses de acumulação da riqueza individual, pode atrapalhar o sonho socialista, mas nunca vai eliminar o projeto de igualdade.
A população é treinada, todos os dias, para esquecer o passado e, ao mesmo tempo, para ser imediatista. Poucas pessoas se lembram, por exemplo, dos altos preços de alimentos, durante o governo do “coiso”; mas muitas pessoas reclamam dos preços atuais. O filme “Ainda Estou Aqui” pode ser responsável por resgatar a história, de inúmeras pessoas, que foram torturadas e mortas, e de outras pessoas que desapareceram, durante a ditadura implantada pelo golpe de 1964. Mas os fascistas, desgraçadamente, querem ir além disso. Pretendem o esquecimento e o perdão, mas querem, também, normalizar atitudes inaceitáveis (como a ameaça de morte a uma ministra e a perseguição a um jornalista).
Na luta contra o fascismo, sempre será preferível apresentar propostas e projetos de inclusão e, ao mesmo tempo, sempre será muito complicado falar do outro lado. Mas incomoda, muito especialmente, a quantidade de absurdos do fascismo. Tivemos um bate-boca do vice-prefeito de São Paulo com o padre Júlio Lancelotti; a fuga do filho do “coiso” para os Estados Unidos; e a negativa, de alguns parlamentares, de votar a favor da tributação dos “muito ricos”. Os envolvidos foram eleitos pelo voto popular, com apoio explícito do “coiso”, e contam com algum respaldo, para fazer o que fazem. O incômodo é que, muitas vezes, o apoio aos absurdos, existe, também, nas classes populares.
Ao anunciar a isenção de imposto de renda, para pessoas que ganham até 5 mil reais, o presidente Lula está pretendendo estabelecer algum tipo de justiça fiscal, e quer, com isso, combater um dos aspectos da enorme desigualdade social existente no Brasil. É óbvio que a isenção tributária, dos mais pobres, deva ser bancada pela tributação dos mais ricos. Mas tem quem discorde dessa obviedade. Parlamentares, que representam os interesses dos muito ricos, prometeram votar contra essa compensação. Mas esses energúmenos nunca vão vencer. A maioria do povo brasileiro quer a isenção para os mais pobres, e a taxação dos muito ricos.
A ausência de figuras públicas, ligadas aos interesses do capital privado, pode significar, que uma saída antipetista para a situação atual não depende, somente, dos sectários seguidores do “coiso”. O capitalismo quer a crescente privatização da economia, e aposta nos governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro. Prefere cavalgar o dragão do fascismo, a ter que conviver com a inclusão. Como não têm militância, querem contar, sempre, com uma espécie de “exército de reserva”. De nossa parte, cabe aprofundar pautas de inclusão social e de defesa da democracia. É essencial, por exemplo, o fortalecimento de programas como o “Minha Casa, Minha Vida”; e a defesa da punição dos golpistas.
A tentativa, de seguidores do “coiso”, de conseguir o perdão dos golpistas, mesmo antes de qualquer condenação, é uma espécie de “confissão de culpa”, que pretende legitimar o golpismo. Querem institucionalizar a violência, contra as instituições, como método político, para derrotar a democracia. O que aconteceu em 8 de janeiro de 2023 foi, antes de tudo, uma tentativa de golpe, incentivada pela insanidade e pela mentira. Todas as pessoas que participaram das ações devem receber punição exemplar; quem incentivou aquelas ações (inclusive o “coiso”) devem ser punidos também; e pessoas e empresas que financiaram os atos inaceitáveis nunca devem ser perdoados. Ditadura Nunca Mais!
Minha geração tinha o projeto de cursar o SENAI e, posteriormente, conseguir um emprego, como operário especializado. Fiz cursos de “controle de medidas” e de “manutenção mecânica”, numa escola conveniada com o SENAI, e trabalhei em várias fábricas de São Paulo. A maioria dos jovens de hoje planeja comprar uma motocicleta, para prestar serviço a algum aplicativo de entregas. A mobilização dos trabalhadores e a organização sindical, conquistada com a redemocratização, já garantiu alguns direitos, mas hoje, desgraçadamente, a juventude vive a “ditadura dos aplicativos”. A organização sindical dos motociclistas de aplicativo é essencial para garantir dignidade a esses jovens.
Os algoritmos determinam o envio de mensagens, mesmo que o usuário já tenha se posicionado contra alguns conteúdos. É usual, por exemplo, que uma pessoa, de ideias progressistas, receba conteúdos absurdos, preparados em laboratórios do fascismo. A ideia, nesses casos, é provocar a indignação de quem recebe a mensagem para produzir respostas e contestações e, com isso, promover a viralização da postagem, nas redes sociais, e do conteúdo, na opinião pública. Pessoas que defendem a “liberdade de expressão” querem legitimar os algoritmos e, ao mesmo tempo, conquistar pessoas para teses absurdas e mentiras.
A popularidade do futebol motiva uma quantidade crescente de empresas a patrocinarem times da modalidade. Mas o patrocínio esportivo não é nenhuma novidade. No século passado, por exemplo, uma empresa de refrigerantes patrocinou o campeonato brasileiro de futebol e, além de camisas das equipes, a marca era estampada, também, nos campos onde se praticava a modalidade. Mais recentemente, todos os campeonatos contam com algum patrocinador, e as camisas estampam marcas de casas de apostas. A paixão dos torcedores vem sendo usada para a propaganda e, além disso, as casas de apostas podem estar determinando os resultados de disputas futebolísticas.
O noticiário trava uma disputa intensa, com as redes sociais, para conquistar espaço na consciência popular. Não vi uma linha, por exemplo, sobre as manifestações do 8 de março. Os inúmeros casos de feminicídio, no entanto, são sempre noticiados, de um jeito sensacionalista e com destaque. As denúncias de violência contra as mulheres são muito importantes. Mas é essencial a divulgação de iniciativas coletivas. As manifestações do Dia Internacional da Mulher, ignoradas pela mídia, priorizaram a defesa da vida das mulheres.
O conservadorismo usa da mentira e do desconhecimento do povo, para dar legitimidade a um ideário individualista e capitalista. O conjunto de ideias, que se autodenomina “direita”, é, também, racista, machista, xenófobo e excludente, pois pressupõe o sucesso pessoal, que só é possível com o fracasso de milhões de pessoas. Os grandes veículos de comunicação contribuem para a disseminação da ideologia capitalista, na medida em que divulgam, massivamente, alguns “cases” de sucesso e, ao mesmo tempo, ignoram iniciativas coletivas exitosas. Como contraposição, ao avanço conservador, é urgente a divulgação de experiências coletivas exitosas, como o SUS e o MST.
O poder econômico, no capitalismo, sempre pretendeu se apropriar da tecnologia, para que isso se tornasse fonte de lucro. Foi assim, por exemplo, na automação do processo de produção. Queríamos a eliminação de tarefas perigosas e insalubres. Empresários, ao contrário, queriam implantar o que eles chamavam de “poupança de mão de obra”, sem nunca se importarem com quantas pessoas morressem ou ficassem doentes, nem com a quantidade de acidentes. Agora, com o avanço da internet, acontece coisa parecida. As “big-techs” pretendem, novamente, transformar o que deveria ser direito de todas as pessoas, em fonte de lucro para uma minoria.
O racismo, praticado em qualquer modalidade esportiva, serve como metáfora para todas as outras manifestações que pretendem inferiorizar o indivíduo, tentando decretar sua impotência. O episódio, envolvendo jogador de futebol, é muito mais grave do que parece, especialmente por querer diminuir um ser humano, equiparando-o com um ser inferior, para obter vantagem. Naturalizar o comportamento odioso pode escancarar as portas para que a exclusão se torne costume. O racismo deve ser combatido, por ser um comportamento irracional e ilegal, mas, também, por pretender eternizar as desigualdades inaceitáveis do capitalismo.
Medidas de eliminação de impostos federais sobre alimentos, anunciadas pelo governo do presidente Lula, devem ser acompanhadas por todos os governos estaduais, para terem mais eficácia, e para baratear, ainda mais, produtos que compõem a cesta básica. Alguns governadores, entretanto, se recusam a eliminar a tributação, e querem promover o caos para, posteriormente, jogar a culpa no governo federal. Alguns empresários jogaram fora alguns produtos, para forçar a alta nos preços. Vários outros governadores já anunciaram a eliminação do ICMS dos alimentos; e vários produtores agrícolas, estão escolhendo atender o povo. A maioria quer eliminar a fome e a miséria.
Neste 8 de março (Dia Internacional da Mulher) devemos celebrar todas elas, e reconhecer, sobretudo, que a situação podia ser muito pior sem a luta delas. O capitalismo reservou-lhes o papel de reprodutoras da força de trabalho, mas elas sempre teimam em estar onde quiserem. Ainda estamos distantes de um mundo de igualdade, mas em todos os avanços importantes da humanidade, somos devedores delas. A historiografia destaca seres humanos masculinos como produtores de grandes realizações, mas a vida de todos eles teria sido impossível sem a figura materna, que os carregou no ventre por nove meses e que, depois, lhes ensinou as primeiras palavras e os orientou a dar os primeiros passos.
A revoltante violência contra as mulheres pode ter origem remota. Nunca será demais lembrar, por exemplo, do argumento judicial de “legítima defesa da honra”. O absurdo, entretanto, se tornou mais frequente, depois de declarações do “coiso” contra as mulheres. É um motivo a mais para que ele (e seus seguidores) nunca sejam perdoados.Toda violência é inaceitável, mas quando ela se pretende aceitável, é imperdoável. A civilização humana nunca será tolerante com a defesa de práticas criminosas. Não pode haver perdão para quem defenda atos criminosos.
Durante a gestão anterior, o governo liberou o uso quase indiscriminado de armas. E agora mesmo fora do governo federal, seus seguidores continuam favorecendo condutas ilícitas. Além de incentivar (e financiar) os golpistas de 8 de janeiro de 2023, eles ajudam, também, em outros golpes. É de conhecimento geral, por exemplo, que é falsa a informação sobre indenização por vazamentos de dados. Muitas das mensagens, destinadas a enganar pessoas pouco esclarecidas, usam imagens de seguidores do “coiso”.
É assustador saber que seguidores do “coiso” ocupam mandatos parlamentares em razão dos votos que obtiveram. Ao se pronunciarem, eles se dirigem ao público que lhes deu votos, e que conferem a eles uma certa legitimidade. Parte das pessoas, muito provavelmente, são tão desprovidas de caráter quanto eles, e não há o que fazer com essa gente, a não ser combatê-los. Há a possibilidade, entretanto, de que parcela importante do eleitorado desses energúmenos pode ter sido enganada, e a falta de conhecimento da realidade só amplificou o engano. Para essa parte das pessoas, é essencial a disseminação da verdade e do bom senso, o que pode diminuir a influência do mau caratismo.
O Carnaval sempre é uma ocasião importante para as pessoas. Para descendentes de africanos, especialmente, é a oportunidade de mostrar, em rede nacional, detalhes históricos de uma cultura que tentaram destruir. Primeira força de trabalho do capitalismo brasileiro, quiseram acabar com todos os laços que temos. Não conseguiram. Nossos antepassados foram teimosos e resistiram. E hoje, nos dias do nosso Carnaval, contamos histórias que, com o tempo, se tornaram propriedade de todas as pessoas. É pena que a grande influência africana seja mais visível nos dias do Carnaval. Mas, por causa da resistência do povo preto, ainda teremos um país livre do preconceito e do racismo.
Entre as muitas qualidades do filme “Ainda Estou Aqui” está o fato de ter acolhido artistas da periferia. Um dos nomes do elenco é o da atriz paulistana Aguida Aguiar. Nascida e criada em Itaquera, Aguida interpreta uma escrevente, e contracena com Fernanda Torres, quando Eunice Paiva vai ao cartório em busca do atestado de óbito do marido. Sua participação no filme é uma demonstração importante de que a luta democrática pertence a todas as pessoas de bom senso, e que deve acontecer, muito especialmente, na periferia. Nestes lugares, desgraçadamente, ocorrem muitos assassinatos, e as vítimas são, sempre, pessoas pretas e pobres.
O bairro, conhecido por abrigar o estádio do Corinthians, também será lembrado, no mundo inteiro, como o bairro da menina que participou do filme que ganhou o Oscar.
O sucesso do filme “Ainda Estou Aqui” é muito mais importante do que as indicações ao Oscar. Por se inspirar em um livro, pode despertar o gosto pela leitura; e por retratar momentos trágicos de nossa história recente, deve combater a “ignorância orgulhosa” sobre a ditadura, que ainda existe, em parte das pessoas. A coragem da Eunice Paiva é um exemplo importante de que a ditadura, implantada pelo golpe de 1964, acabou por causa da resistência de mulheres como ela. Inúmeras “Marias e Clarices” não se limitaram a chorar. Enfrentaram (e derrotaram) o autoritarismo, e servem de inspiração para pessoas que lutam por um mundo mais justo.
A “distensão lenta, gradual e segura", no fim dos anos 70, implicou na anistia recíproca, que perdoou torturadores, mas, ao mesmo tempo, amplificou o significado, da “anistia” de então, para alcançar militantes acusados (injustamente) por outros crimes. Torturadores sanguinários tornaram-se inspiração para os golpistas de agora; e todos os valorosos militantes da esquerda brasileira retomaram suas vidas em sindicatos de trabalhadores e em movimentos sociais populares. Não há a menor possibilidade de perdoar golpistas de agora. As gerações futuras não merecem esse risco permanente. Vamos preparar o futuro, com a certeza de que a tragédia da ditadura nunca mais vai se repetir.
A presença de mulheres, em cargos importantes, é muito desproporcional à quantidade geral delas. Mulheres ocupam uma quantidade muito pequena de cargos e mandatos, ainda que sejam mais da metade da população brasileira. No mundo das relações de trabalho, são as mulheres que recebem salários menores, mesmo fazendo as mesmas tarefas. As injustiças do capitalismo, assim, acabam por aprofundar a desigualdade inaceitável. Ainda que elas sejam excluídas e marginalizadas, é na luta anticapitalista que mulheres e homens se encontram. Sem prejuízo de demandas específicas, superar o sistema capitalista, portanto, será a maneira de estabelecer a igualdade entre todas as pessoas.
Já não temos grandes salas de cinema, em ruas e praças das cidades, onde ficavam bares e restaurantes, para onde íamos, depois. Os “shopping centers”, com praças de alimentação e lanchonetes de “fast food”, são os cenários de hoje. Embalados pela qualidade do cinema brasileiro, e motivados pelas possibilidades do filme “Ainda Estou Aqui” na premiação do Oscar, voltamos a frequentar as salas de exibição, e voltaremos a rascunhar panfletos, para o dia seguinte. Muitos filmes me ajudaram a ser a pessoa e o militante que sou. O Vito Gianoti (entre outros) sempre privilegiou a formação política, através dos filmes, para assegurar que, no futuro, teremos o resultado do que construímos.
As indicações da atriz Fernanda Torres e do filme "Ainda Estou Aqui" tiveram o poder de levar o público brasileiro de volta às salas de exibição, mas, especialmente, significam um ajuste de contas com nossa história recente. A qualidade do filme e o desempenho da atriz podem ser premiados neste final de semana, mas, independentemente da premiação, o Brasil (e o mundo) estão conhecendo uma parte de nossa história que boa parte das pessoas desconhecia, e que alguns golpistas pretendem que se repita. A heroína do filme perdeu o marido para a ditadura, mas ganhou relevância, ao exercer a advocacia e defender os direitos humanos. A história é contagiante. Deve reforçar a luta pela ampliação da democracia brasileira.
Quando do surgimento do PSOL, o atual deputado Lindbergh Farias, alertou para o fato de que se a experiência do PT desse errado, não existia a menor possibilidade haver outro governo mais à esquerda (tipo PSTU). Na época, Lindbergh disse, também, que seria provável o sucesso político do neoliberalismo. Os anos se passaram, e hoje, o mesmo raciocínio se aplica a opositores ditos “civilizados” do governo do presidente Lula. Não há chance para uma política liberal do tipo PSDB. A alternativa política mais viável é a volta do “coiso”. Alguns que se apresentam em defesa da democracia, na verdade, querem a volta das mentiras e absurdos. Querem o retorno da ditadura.
Deportações ocorridas nos Estados Unidos, incentivam pessoas a exercerem o racismo contra pessoas latinas. O discurso europeu, contra imigrantes, faz a mesma coisa, em relação aos povos africanos. O fascismo se ocupa de promover a exclusão, e pretende dar legitimidade a comportamentos detestáveis. Agressões (físicas e verbais) sempre fizeram parte do jeito norte-americano de tratar as pessoas de origem latina. O que se pretende, agora, é assegurar que o “modo de vida americano” nunca seja (sequer) arranhado. Ser contrário a essa política deliberada, além de reforçar a certeza de que “ser humano não é ilegal”, deve aprofundar a luta pela igualdade.
A influência das empresas de tecnologia na vida das pessoas é evidente. A importância das curtidas faz com que parte das pessoas se preocupe em obter “likes” e, por causa disso, abandone a própria racionalidade. Isso também serve para mentiras e agressões. Muitos mandatários, ao redor do mundo, tiveram apoio eleitoral das “big techs” e seus programas se basearam em agressões, em mentiras e em insanidades. Para combater a influência nefasta, é preciso que as pessoas passem a cultivar valores como a razão, a verdade e a paz. A solidariedade é capaz de construir um mundo melhor.
O ataque racista, do vice-prefeito de São José do Rio Preto, pode ter a mesma origem da agressão a Marcelo Rubens Paiva. O agressor do filho da Eunice se escondeu no anonimato, mas a atitude odiosa pode ter sido incentivada. O racista de Mirassol, por outro lado, não faz questão de ser anônimo e, muito provavelmente, seu comportamento excludente pode ter ajudado a conquistar votos, para a chapa da qual fez parte. O noticiário dos episódios não faz menção sobre o perigo fascista, contido em atitudes odiosas. Querem atribuir a insanidades individuais um comportamento que quer ter status político. O ódio é inaceitável. O incentivo fascista a essas atitudes deve ter punição exemplar.
Declarações racistas, homofóbicas e excludentes, apresentadas como exercício da "liberdade de expressão”, ocupam as redes sociais, e fazem crescer os lucros dos donos das plataformas. O ódio se infiltra no cotidiano, e pessoas defendem o direito de serem de direita, mesmo sem saber o que isto significa. Absurdos e mentiras recebem várias curtidas, nas redes sociais, enquanto opiniões sensatas e verdades, são ignoradas. Medidas judiciais contra plataformas e usuários são urgentes. Mas é essencial, contudo, que a verdade e o bem estar coletivo sejam evidenciados.
Absurdos inaceitáveis, como o negacionismo em relação às vacinas e sobre a “emergência climática"; ataques ao patrimônio cultural, histórico e institucional; e defesas explícitas da exclusão capitalista, dialogam com a falta de conhecimento de parte das pessoas, mas, também, recebem investimentos (vultosos) de beneficiários de mentiras objetivas. Figuras públicas que se tornaram presidentes, em seus países, vão passar (sem deixar saudades), mas as ideias absurdas que defendem, continuarão existindo, e as buscas por financiamentos para esses e outros absurdos, podem continuar. O antídoto, para a perenidade do golpismo e dos absurdos, é a defesa permanente da democracia e da verdade.
A denúncia, da Procuradoria Geral da República (PGR), em relação ao “coiso”, é apenas o primeiro passo para a punição dele e dos demais golpistas. O comprometimento dele, com a volta do autoritarismo, é inegável, e o caráter irreversível da democracia brasileira, será determinante para a sentença. A prisão dele deve ser celebrada, em todo o país. As impunidades de torturadores, como Brilhante Ustra; e de golpistas de 1964, podem estar na origem da existência do autoritarismo e da organização dos golpistas de agora. Perdoar os inimigos da democracia significará conviver, permanentemente, com o golpismo. Ditadura nunca mais!
A palavra “anistia”, para mim e para muitas pessoas, é revestida de significado quase sagrado. É um dos símbolos da redemocratização do Brasil. Especialmente por causa disso, é revoltante que a expressão seja usada por defensores dos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A palavra “anistia”, foi repetida (por muitas vozes) para fazer a defesa de combatentes que enfrentaram a ditadura implantada pelo golpe de 1964. A usurpação do vocábulo merece a punição da história. Todos os atos e palavras dos saudosos do autoritarismo devem ter punições exemplares. A impunidade de torturadores cruéis é um dos motivos da existência do fascismo. Ditadura nunca mais!
A urgência de prisão dos golpistas é inegável. Também é urgente a aplicação da mesma pena aos incentivadores do golpismo, inclusive (e principalmente) do “coiso”. Mesmo que reconheçamos a necessidade da governabilidade, a punição de todos os golpistas é inegociável. A aplicação das penas de prisão, ainda que necessária, pode ser insuficiente para o aperfeiçoamento da democracia. É essencial, ao mesmo tempo, que os valores democráticos sejam disseminados na sociedade brasileira, e que vivamos, novamente, o clima da época do final da ditadura implantada pelo golpe de 1964. A diferença, agora, seria a punição exemplar de todos os golpistas. Ditadura nunca mais!
Noticiário sensacionalista, sobre o episódio que resultou na morte de um ciclista, no Itaim Bibi, demonstra o papel da mídia tradicional. Comentários posteriores acabaram favorecendo pautas conservadoras sobre segurança pública, e o acontecimento trágico serviu para reforçar ideias estúpidas, como o fim do uso de filmadoras corporais, por policiais militares. A tendência midiática é mais revoltante, por causa do silêncio ensurdecedor sobre a destruição das instalações do “Teatro Vento Forte”, no mesmo bairro. Omissões, sobre a demolição premeditada de experiências culturais, pretendem destruir a arte. Os mesmos que queimaram livros, também querem acabar com experiências coletivas.
Pesquisa sobre o presidente Lula, divulgada neste final de semana, é reveladora, principalmente, do tamanho da desigualdade social existente no país. Apesar das inúmeras políticas públicas de inclusão social, a dimensão da exclusão é enorme, e isto gera a expectativa de solução imediata dos enormes problemas que afligem a população. A direita tem sido ágil, em explorar essas expectativas e em dialogar com a falta de conhecimento histórico de parte das pessoas. Para a esquerda, é prioridade recuperar valores, como a igualdade e a solidariedade, e consolidar, na alma do povo, o sentido coletivo de construção do futuro para todas as pessoas.
O governo do presidente Lula é o responsável pela maior inclusão educacional da história brasileira. O acesso ao ensino superior e o combate à evasão escolar vão fazer com que, em pouco tempo, tenhamos erradicado a exclusão escolar em nosso país. O ensino superior, antes um privilégio dos ricos, está se tornando um direito de todas as pessoas; e a educação básica, abandonada por estudantes pobres, obrigados a trocar bancos escolares por empregos, para ajudar no sustento das famílias, são situações que vão ficar no passado. A nova realidade, no entanto, sempre vai ter a oposição de defensores da exclusão. Educação pública de qualidade é direito de todas as pessoas.
Medida, anunciada por Trump, é uma demonstração de preconceito contra o povo palestino e de crueldade com o futuro do planeta. As bravatas dele, no entanto, servem como ações de propaganda, para alegria de beneficiários das suas maluquices. Empreendedores, do ramo de hotelaria, ficaram felizes com a ideia (estúpida e desumana) de transformar a Faixa de Gaza numa “colônia de férias” para ricos. Mas é óbvio que, ao mesmo tempo, a proposta de retirada do povo palestino de lá, é uma ideia cruel. As pessoas, que vivem ali, deveriam, no mínimo, ter direitos sobre o seu país original. Propor a retirada deles, da faixa de terra que lhes restou, é uma violência inaceitável.
Pesquisas constantes, sempre constatam que o PT tem a simpatia nacional de um percentual parecido com 30%. Nosso partido, no entanto, têm pouco mais de 10% da quantidade de deputados federais. Na cidade de São Paulo, temos apenas oito vereadores, quando deveríamos ter, pelo menos, o dobro disso. A discrepância é preocupante, especialmente porque ajuda a eleger celebridades, em detrimento de lideranças de movimentos sociais populares. O artifício é responsável, também, pela disseminação de ideias fascistas. O momento é de recuperar a prevalência dos conteúdos programáticos, organizados em partidos políticos, e dos interesses coletivos nas disputas eleitorais.
Muitos “aconselhamentos”, de influenciadores digitais, se dedicam a incentivar atitudes reprováveis. São os casos, por exemplo, de propagandas mentirosas, sobre enriquecimento fácil. Em vários casos, a apologia ao crime é evidente, e as plataformas são cúmplices da apologia de ilegalidades. O controle pontual desses “aconselhamentos” é muito demorado. No caso do garimpo ilegal, um dos setores de atuação de “influencers”, atacam direitos coletivos para favorecer interesses individuais. As plataformas devem banir usuários por influenciar o crime. É urgente que sejam tomadas medidas judiciais, nesse sentido, e que haja legislação específica para regulação das redes sociais.
O uso de dados científicos já ocorreu, algumas vezes, para reforçar ações de exclusão. O caso mais conhecido é a designação de uma inexistente “raça ariana”, para justificar o confinamento e a morte de pessoas que não pertencessem a esse grupo. Hitler se cercou de pareceres “científicos” para justificar atrocidades. As ações dele foram derrotadas, mas a prática se espalhou, e é o que explica, por exemplo, o preconceito contra os nordestinos brasileiros. Uma prática recente quer recuperar a crueldade, através da produção de teses sem qualquer comprovação. Querem disseminar mentiras, com a fantasia de dados científicos, para justificar a morte e a exclusão.
O antipetismo, de alguns governadores, está revestido de apoio ao desmatamento, a invasões e à destruição ambiental. Entre outras coisas, querem criar dificuldasdes para a destruição de máquinas pertencentes ao garimpo ilegal (atribuição federal), e são coniventes com invasões de terras dos povos tradicionais. A ofensiva contra a vida só não segue adiante, felizmente, por causa da atuação firme de entidades ambientais. As resistências, que já ocorrem, precisam se ampliar, para se transformarem em movimentos de preservação e de recuperação ambiental. Assegurar a vida de todas as pessoas é mais importante que os lucros, de empresas apoiadas por esses governadores.
O capitalismo se utiliza de mentiras, e vem ocupando, com isso, espaços institucionais, no mundo inteiro. As redes sociais, a internet e os meios de comunicação garantem rapidez na defesa do lucro desmedido, e a fé cega faz com que agressões ao bom senso sejam assimiladas, por parte das pessoas. O ideário socialista e libertário, por outro lado, ainda não conquistou a adesão de corações e mentes da maioria. Ideias anticapitalistas sobrevivem por causa de organizações políticas como o PT, e em razão de uma incansável militância. É possível afirmar, sem medo de errar, que é uma façanha a simples existência do PT. Combinaram de nos matar, mas nós combinamos não morrer.
Fascistas, no mundo inteiro, têm pontos comuns que garantem, ao mesmo tempo, visualizações e curtidas na internet; adesões de pessoas desinformadas; e o aprofundamento das desigualdades. As ameaças ao povo palestino (e o recuo posterior) servem para o azeitamento da máquina de guerra genocida; declarações em defesa de comida mais barata, feitas por parlamentares que votaram contra a eliminação de impostos de alimentos da cesta básica; e a defesa, intransigente e ruidosa, da moral e dos bons costumes, por estupradores, são exemplos disso. É urgente, para democratas e progressistas, recuperar a defesa da paz, a luta pela igualdade e a defesa da vida.
O vídeo (mentiroso) sobre o PIX teve um grande número de visualizações, o que resultou em monetização, para os autores da postagem, e em lucros para as plataformas onde a mentira foi postada. O episódio é um exemplo do papel das “big techs” na disseminação de mentiras, e indica que o artifício pode ter sido utilizado outras vezes. O episódio serve, também, para alertar as pessoas que defendem a verdade e a democracia. O inimigo, que estamos enfrentando, é mais forte e mais poderoso do que simples apoiadores do “coiso”. As plataformas, ao servirem como veículos para a disseminação de “notícias falsas”, pretendem dar legitimidade ao fascismo, e querem se alinhar com a exclusão.
Declarações de ódio alcançam, nas redes sociais, mais curtidas do que manifestações de tolerância e de solidariedade. Comportamentos execráveis, no entanto, nunca ficam restritos à internet, e passam a fazer parte do cotidiano de todas as pessoas. Em nome da “liberdade de expressão”, fascistas defendem mentiras e declarações de ódio, mas, na verdade, querem ampliar sua influência ideológica sobre o conjunto da população. Devemos, sempre que possível, ocupar as redes sociais com a solidariedade e a igualdade. É uma forma de espalhar esses valores. Mas é essencial que esses valores sejam praticados, e que as redes sociais sejam uma representação da realidade.
Os alagamentos e deslizamentos sempre castigam pessoas e famílias excluídas pelo capitalismo. Não existem cenas, por exemplo, de carros de luxo sendo levados pela enxurrada ou de mansões sendo invadidas pela água. Também é inaceitável a afirmação estúpida de que as pessoas foram morar em lugares sujeitos a enchentes, porque “quiseram”. Foram empurradas a residir nesses locais. A “emergência climática”, faz com que episódios extremos sejam frequentes, e são as classes populares as que mais sofrem. É urgente interromper a lógica da destruição ambiental e, ao mesmo tempo, superar a “fatalidade” da exclusão.
Mandatários públicos brasileiros, provavelmente financiados por grandes empresas, usaram bonés de propaganda de Trump, para expressar seu posicionamento político, e podem estar pleiteando recursos financeiros, para continuar disseminando absurdos. Desgraçadamente, pessoas que cumprem o papel ridículo, têm apoio importante, em parte da população e no eleitorado. Fenômeno inexplicável: equivale ao povo da Judéia aplaudir o imperador de Roma e admirar seus defensores. A civilização consolidou, ao longo do tempo, o princípio da autodeterminação dos povos. É inaceitável que, em pleno século XXI, esse princípio seja jogado no lixo, com o apoio de parte do povo brasileiro.
Números da economia capitalista (déficit público, cotação da moeda e superávit comercial, nas relações com outros países) são muito positivos para o Brasil. Números da inclusão social e educacional indicam, também, que o combate à pobreza extrema e à ignorância são prioridades importantes. Paradoxalmente, existem gritos do mercado financeiro e vozes de reprovação nas classes populares. Sobre o mercado, uma distância ideológica imensa e uma ganância desmedida podem explicar o paradoxo. Mas em relação às classes populares, somente a fé, nas mentiras e absurdos do fascismo, podem explicar vozes de reprovação.
Não é incomum que figuras públicas participem de eleições, de períodos diferentes, através de partidos políticos distintos. Legendas programáticas (como o PT e demais partidos da esquerda) são exceções que confirmam a regra da fulanização. Mesmo no caso específico do PT, é impossível negar o destaque do presidente Lula. Ele faz parte de uma geração de pessoas que enfrentou a ditadura, em defesa da democracia; e que construiu, a partir dos sindicatos e dos locais de trabalho, um projeto político de igualdade para o Brasil. É importantíssimo fortalecer, em todos os momentos, a luta democrática e a defesa da igualdade. Projetos políticos permanecem, para sempre.
Pautas e demandas ambientais sempre foram mais defendidas por movimentos muito específicos. Desmatamentos e agressões ao meio ambiente, por outro lado, sempre foram atribuídas à falta de conhecimento. O que vem acontecendo, no entanto, é o uso da ignorância sobre o tema, para o aumento da exploração da natureza. Invasões de áreas preservadas e alargamentos das fronteiras do agronegócio devem provocar uma generalização da pauta ambiental. Os movimentos sociais populares devem priorizar a preservação do meio ambiente, para assegurar, com isso, a defesa da vida.
Sempre será muito difícil precisar o momento exato em que o imponderável tomou conta de parte das populações. É inexplicável que mulheres, acusadas de serem bruxas, tenham sido queimadas. Não existe qualquer justificativa racional para a eliminação física, de pessoas que não pertencessem a uma inexistente raça ariana. A execução de mulheres, nas fogueiras da inquisição; e o assassinato de judeus, de ciganos e de outras pessoas, ocorreram com apoio popular. O desconhecimento contribuiu para que parte do povo aplaudisse a barbárie. Nos dias atuais, desgraçadamente, estamos vivendo uma adesão a ideias de intolerância que só podem ser enfrentadas com a disseminação da educação.
A entrega tardia da Estação Varginha da CPTM é uma agressão à dignidade das pessoas. A população, do extremo sul da cidade de São Paulo, conviveu com sucessivos adiamentos que, na prática, resultaram no aumento da lotação do transporte público. Além disso, a linha 9 Esmeralda, a que pertence a Estação Varginha, é operada por empresa privada, embora tenha sido construída com dinheiro público. A mobilização foi decisiva, para que a entrega ocorresse, e será (igualmente) importante para reverter a privatização, para conquistar a tarifa zero e para assegurar a qualidade do serviço.
A cena revoltante, de pessoas algemadas e acorrentadas, infelizmente, tem o apoio de algumas pessoas. São as mesmas que acreditaram em mentiras, como a do PIX, e que embarcaram em absurdos, como a continência para um pneu. O fascismo faz uso dessa loucura, para se viabilizar e para crescer, mas o beneficiário imediato da ausência de racionalidade é o grande capital, e a influência de ideias estúpidas, desgraçadamente, não ocorre somente no Brasil. É urgente combater todas as ideias desumanas e excludentes. É essencial, no entanto, que o combate seja travado por uma frente antifascista. Enfrentaremos os desafios do presente, e construiremos o futuro democrático.
A deportação, de pessoas não nascidas nos EUA, é muito mais do que um processo de volta para casa. Funciona, para o fascismo, como uma propaganda em que a dignidade humana não tem qualquer importância. Pessoas brasileiras acorrentadas, expulsas por Trump, é uma amostra de uma triste realidade, apoiada pela maioria do povo norte-americano, e até por alguns brasileiros. O governo do presidente Lula foi célere em não permitir a humilhação. Ordenou que as pessoas fossem buscadas pela FAB, em Manaus, e que, livres das correntes do fascismo, fossem transportadas para BH. A atitude tem o poder de conferir importância aos direitos humanos e de reafirmar que “ser humano não é ilegal”.
Na manhã deste sábado, feriado na cidade de São Paulo, andando por Itaquera, tive o prazer de me encontrar com o Tino e com o Pastor, (amigos de longa data), e pudemos conversar, um pouco, sobre divergências, entre amigos comuns, sobre o Brasil. Parte das divergências se apresentam como políticas, mas, na verdade, limitam-se ao debate de questões elementares. Não é razoável negar a eficácia das vacinas e apresentar inexistentes efeitos colaterais da imunização. Acreditar em mentiras evidentes, é outra característica de seguidores do “coiso”. Não se trata de opção política ou de escolha partidária. É urgente disseminar a verdade, a razão e o bom senso.
As indicações, do filme “Ainda Estamos Aqui” e da atriz Fernanda Torres, nos enchem de orgulho e, ao mesmo tempo, contribuem para o reforço da democracia. Não significam nenhum comprometimento, da academia de cinema, com a luta democrática, mas devem assegurar legitimidade, para democratas e progressistas. Por causa do desconhecimento histórico, estamos sempre perto de um golpe fascista. Muitas pessoas, no Brasil, não têm a menor ideia de como foi a ditadura, implantada pelo golpe de 1964. A personagem, interpretada por Fernanda Torres, representa pessoas que perderam pessoas queridas, e que nunca tiveram, sequer, a chance de chorar seus mortos. “Ditadura Nunca Mais”.
Divergências, entre a prefeitura de São Paulo e os aplicativos de transporte, revelam a dimensão criminosa da política de “cada um por si”. O mandatário municipal quer o fim do serviço de “moto-táxi”; e as empresas querem a continuidade das mortes e mutilações causadas pelo serviço. O prefeito mostra um extenso relatório de acidentes, para estabelecer o limite; as empresas, por outro lado, insistem em manter o serviço específico. O transporte público, responsabilidade da prefeitura, continua com tarifas altas, com ônibus e trens lotados. A população segue sendo empurrada para o uso de aplicativos. Ameaças podem resultar em que a indústria da morte atue na clandestinidade.
“Fake-news” e absurdos, disseminados pelo fascismo, contam com a simpatia de parte da população. Isto seria muito mais difícil sem a colaboração importante da mídia tradicional, que faz de tudo para “normalizar” mentiras, e conferem legitimidade política às bravatas. Agressões ao bom senso mais elementar, se transformam em opiniões, e engrossam o “caldo de cultura” antipetista, já existente na sociedade brasileira. Combater mentiras, desmentindo-as prontamente, é uma tarefa de todos os dias. Mas, sobretudo, para a esquerda, é muito importante reforçar a defesa do senso comum da verdade, da igualdade e da solidariedade.
Pronunciamentos públicos, como o do presidente Lula, do ministro Fernando Haddad, do deputado Lindberg Farias e da deputada Érika Hilton são urgentes e necessários. Manifestações, desse tipo, desmentem “fake news” e restabelecem a verdade, mas são insuficientes para alcançar os grandes beneficiários das mentiras. Parlamentares podem estar sendo financiados por especuladores e bandidos, mas sempre será difícil comprovar essa ligação. As evidências são claras, mas qualquer punição é quase impossível. A alternativa, nesses casos, é intensificar a identificação de especuladores e sonegadores, para que sejam punidos, junto com figuras públicas que disseminam mentiras.
Conquistamos, ao longo da história, uma série de avanços que, objetivamente, pertencem a todas as pessoas. Há pouco tempo atrás, por exemplo, quem completava 50 anos já era considerado uma pessoa velha. A produção de bens deu um salto, com a revolução industrial; e a exploração de recursos naturais acompanhou a indústria. Ao mesmo tempo, no entanto, avanços na saúde, bens produzidos e recursos da natureza foram apropriados por laboratórios, grupos industriais e empresas exploradoras de minérios. O desenvolvimento significou, também, um aprofundamento das desigualdades. É essencial recuperar as condições de um desenvolvimento sustentável, para a natureza e para as pessoas
No dia Primeiro de Maio de 1980, o Brasil viveu, com certeza, o final da ditadura, implantada pelo golpe de 1964. A manifestação, em meio à greve dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, teve o apoio da população da região metropolitana de São Paulo, e afastou um aparato militar, preparado para um massacre. O mais significativo, daquele momento, é que determinou os passos da redemocratização que se iniciava. A violência militar não foi admitida, para a defesa dos interesses patronais. O exemplo, vivido (e lembrado) por quem esteve lá, pode servir de referência para construirmos, novamente, uma rede de apoio e de militância, para forjar a hegemonia da razão e do bom senso.
Nossos obstáculos, mais difíceis, não são, somente, as figuras públicas, portadoras de absurdos e mentiras. Os grandes problemas, para progressistas e democratas, nunca serão Níkolas, Gustavos e Tarcísios. Embora eles tenham que ser combatidos, em todos os momentos, o que precisamos enfrentar (e derrotar) é a ideia que representam. O modelo de sociedade, defendido por eles, prevê uma concentração, cada vez maior, da renda e da riqueza, em combinação com uma exclusão crescente da maioria das pessoas. Como contraposição ao modelo excludente, é essencial fortalecer uma onda inclusiva, que dê voz a todas as pessoas que lutam por um mundo melhor.
O deputado federal Lindbergh Farias já esteve de saída do PT, para fundar o PSOL. Mas, examinando a conjuntura da época, ele concluiu que “se o projeto democrático e popular não desse certo com o PT, a possibilidade é que a máquina governamental fosse apropriada pelo outro lado. Eles tratariam de eliminar os avanços da inclusão social, e implantariam uma estrutura, abertamente, pró-capitalista”. Passadas quase duas décadas, daquele episódio, a mesma lógica continua valendo. Mas a situação piorou. Na época, nossos adversários ideológicos estavam no PSDB e no PFL. Hoje enfrentamos os absurdos, as mentiras e a violência do fascismo. A unidade progressista e democrática é essencial.
A mentira, sobre a taxação do PIX, reflete a dimensão da disputa ideológica que estamos enfrentando. A notícia falsa se espalhou por toda a sociedade, exigiu desmentidos governamentais e provocou a revogação da instrução normativa. Todas as iniciativas são corretas e necessárias, mas elas se concentram, somente, em desmentir a falácia, e isto pode ser insuficiente, para enfrentar o desafio hercúleo que temos pela frente. Não é a primeira vez que isto ocorre. Os exemplos vão desde a “mansão do Lula” até o “perigo das vacinas”. Além de desmentir, pontualmente, cada mentira, é urgente que encontremos meios de barrar a usina de notícias falsas da direita.
Em São Paulo, nos caixas dos supermercados, e em outros estabelecimentos comerciais, sempre somos perguntados se queremos CPF na nota. A pergunta serve para o recebimento de valores, ao final de certo período, mas, principalmente, tem o objetivo de impedir a sonegação fiscal de comerciantes, obrigados a pagar ICMS, e de consumidores, obrigados a comprar conforme sua renda. A sonegação pode causar o esvaziamento dos cofres públicos, o que justificaria a eliminação de políticas públicas de inclusão social. Defensores das privatizações, entretanto, também defendem o fim da sonegação. Querem o dinheiro público comprometido, exclusivamente, com o lucro privado. O barulho feito por causa do PIX não se justifica e é coisa de antipetista. Os bancos repassavam para a receita dados de contas que movimentavam mais de R$ 2 mil por mês, agora aumentou para R$ 5 mil por mês, ou seja, aumentou o número de pessoas que não precisam prestar contas para o Leão.
A civilização humana consagrou o castigo individual, na luta contra o mal. É assim que, por exemplo, golpistas de 8 de janeiro de 2023 estão sendo julgados e presos. Será assim, também, com os autores dos assassinatos de Tremembé. As punições, nos dois casos, respectivamente, servem para enfraquecer o fascismo e para diminuir o poder de fogo do latifúndio. Todavia, em ambas as situações, também respectivamente, elas são insuficientes para o fortalecimento da democracia e da reforma agrária. Além de punições individuais (urgentes e necessárias), é urgente que a civilização avance na construção de outra lógica, de defesa da democracia e da propriedade coletiva da terra.
Os assassinatos de Tremembé significam muito mais do que o inaceitável ato violento. Querem destruir a luta pela terra. Querem inviabilizar a possibilidade de desenvolvimento sustentável, e de comida saudável na mesa de todas as pessoas. É óbvio que assassinos e mandantes devem ser punidos, exemplarmente, especialmente para desencorajar outras ações desse tipo. Mas é evidente, também, que os assassinos e os mandantes agiram em nome de um modelo de produção agrícola que precisa ser superado. É urgente a implantação de modelo agrícola que priorize a vida e a dignidade de todas as pessoas.
A disseminação de notícias falsas, por parte do fascismo, tem obtido relativo sucesso, na disputa política. Os desmentidos, mesmo quando céleres, nunca conseguem retomar a situação anterior. O exemplo mais recente é um exemplo dessa realidade. Usuários do PIX, sempre terão medo da cobrança de tributo inexistente. A notícia falsa foi desmentida, prontamente, pelo próprio presidente Lula. A tendência das fake-news, infelizmente, é que elas perduram, com o passar do tempo. As mentiras sobre vacinas, por exemplo, resultam numa diminuição no percentual de imunização da população. É urgente a disseminação da verdade sobre todos os fatos de interesse do povo.
Dias atrás, por ocasião da premiação da Fernanda Torres, disse que me sinto orgulhoso de ser herdeiro e sucessor de pessoas imprescindíveis. A luta por um mundo melhor, sempre terá a presença do uruguaio Pepe Mujica. Ele anunciou que está morrendo. Suas ideias, no entanto, não morrerão com ele, porque ele é daquelas pessoas que nunca morrem. Somos eternamente gratos, por termos nos tornado irredutíveis. A igualdade é o destino da humanidade. Nossos agradecimentos pelo que aprendemos.
O dono do facebook, ao defender a “liberdade de expressão”, e ao pedir apoio do governo dos Estados Unidos, para se espalhar pelo mundo, sem ser incomodado, por leis, por governos e por instituições, vai muito além do alinhamento ideológico com Donald Trump. O que ele pretende é oficializar informações falsas e, com isso, obter mais lucros e influenciar disputas políticas regionais e nacionais. O que ele disse, infelizmente, nem é novidade, uma vez que xingamentos e declarações de ódio sempre obtém mais curtidas e mais anúncios, em todas as redes sociais. O que ele quer, agora, é a dispensa da verificação de dados, para aumentar a circulação de “fake news”.
A geração de militantes, da qual faço parte, somos herdeiros e sucessores, de mulheres e homens que resistiram à ditadura, implantada pelo golpe de 1964. Enfrentaram a tortura, viveram na clandestinidade ou foram banidos e exilados. Carregamos, em nosso DNA, o orgulho de termos sido aprendizes de pessoas imprescindíveis. O dia 8 de janeiro, em todos os anos, terá o significado de que, para nós, sempre será necessário resistir ao golpismo. Temos o desafio de passar adiante, para as futuras gerações, a firmeza que aprendemos. Nos cabe, também, assegurar, sempre, que nunca voltaremos ao passado. Ditadura Nunca Mais!
O surto de virose no litoral paulista se deve à ação do governo estadual, que quer limitar o socorro a momentos emergenciais. No caso de São Paulo, especificamente, é possível afirmar que a privatização da SABESP pode ter agravado um problema que já existia. É evidente que, diante do surto, o sistema público de saúde deva ser mobilizado. A prioridade,neste momento, deve ser o socorro às vítimas. Mas é inaceitável, por outro lado, que a qualidade das águas fiquem sob a responsabilidade de empresas privadas. Os controladores da SABESP enxergam o lucro, e não se importam com a vida e com a saúde das pessoas.
A premiação da Fernanda Torres, muito além de fazer justiça ao talento dela, significa, sobretudo, uma homenagem a todas as pessoas que perderam pessoas queridas para a ditadura. A personagem, interpretada por Fernanda Torres, é Eunice Paiva, mas é possível enxergar, também, inúmeras Anas, Marias e Clarices, que se tornaram protagonistas de nossa história recente. O filme de Walter Salles rende homenagens, ainda, a todas as pessoas que enfrentaram o autoritarismo. O exemplo dessas pessoas é um incentivo essencial para a luta permanente pela democracia. Ditadura Nunca Mais!
O anúncio da candidatura presidencial de um cantor, busca ocupar espaço que já foi do antipetista sem conteúdo, mas que, recentemente, se revestiu de valores moralistas e, ao mesmo tempo, de demandas de interesse da classe dominante. O discurso do cara, ao criticar tributos do agronegócio, tem o objetivo de representar o latifúndio e, ao mesmo tempo, quer dialogar com mentiras e absurdos. A tática eleitoral do fascismo sempre contou com figuras públicas como o cantor, mas essas celebridades, em geral, sempre se limitaram à própria fama. A ousadia está no conteúdo programático de candidaturas como a do cantor. Estão perdendo o pudor das mentiras e da defesa de privilégios.
Ao afirmar que a “liberdade de expressão” deve servir, inclusive, para defender a ditadura, o prefeito de Porto Alegre assumiu, explicitamente, o caráter autoritário (dele e de outros prefeitos). O mais grave, no entanto, é o fato de ele ter sido eleito em um município muito importante do pais. Desgraçadamente ele não está sozinho. O eleitorado, de muitos municípios, escolheu o conservadorismo para os próximos quatro anos. Diferentemente, do discurso explícito de Porto Alegre, outros mandatários preferiram aderir ao autoritarismo nomeando auxiliares conservadores ou punindo o povo com aumentos na tarifa do transporte público (como em São Paulo).
É claro que gostamos da nossa presença nos parlamentos, em todos os níveis. Nós do PT, estamos orgulhosos por termos a maior bancada parlamentar no município de São Paulo. Pessoas, que ocupam cargos institucionais, cumprem papel muito importante, nos debates sobre o futuro e no apoio aos movimentos sociais populares. O limite, no caso de São Paulo, é determinado pelo prefeito. A soma dos votos petistas, com parlamentares esquerdistas e com progressistas, nunca ultrapassaria metade mais um da Câmara Municipal. Qualquer iniciativa que desconsidere esses dados, estará condenada a ser derrotada internamente, e servirá, somente, para propaganda de um extremismo inútil e ineficaz.
A morte de um jovem, de 18 anos, é um fato lamentável, especialmente porque o rapaz, vítima do atropelamento, estava iniciando a vida. Confundido com um assaltante, ele foi prensado contra um portão. A tragédia pode ter origem no sensacionalismo midiático, e na disseminação de “recomendação” de que todas as pessoas se transformem em justiceiros e heróis. A punição, do motorista que provocou a morte do rapaz, durou pouco tempo. Ele foi solto, depois de uma audiência de custódia, dando legitimidade à lógica de “fazer justiça com as próprias mãos”. As declarações não se atrevem a ser públicas, mas podem ter pessoas aplaudindo a atitude criminosa. Isso é assustador.