Atitudes e comportamentos inaceitáveis, cumprem o papel de arregimentar seguidores para projetos planejados. O plano da extrema direita é fomentar uma situação conflituosa, que justifique uma intervenção militar (interna ou vinda do exterior). O mais trágico, no caso brasileiro, é que tem quem se alinhe com a insanidade, ainda que isso possa nos conduzir a um enfrentamento armado. A ideia, de quem incentiva o ódio, muito provavelmente, é essa. As sucessivas provocações equivalem a um chamado para uma briga física ou para um confronto bélico. Sempre será difícil manter a tranquilidade, diante de tantas provocações, mas continuaremos defendendo a paz e a igualdade.
Quem critica impostos também elogia a injustiça da tributação de pessoas que recebem até R$ 5 mil por mês. Não existe alternativa para as ideias absurdas defendidas pelo “coiso”. O candidato, apoiado pela mídia, defende (abertamente) a privatização da economia, o fuzilamento de pessoas pobres, o perdão aos golpistas e o aprofundamento da exclusão. Vivemos em um período trágico, onde a esperteza tem mais valor que o bom senso. Quem critica o ministro da fazenda reforça (e reproduz) os argumentos, de fascistas e “farialimers". Planeja ter lugar na mesa do banquete, mas pode ter que se virar com os restos. Mas a sede de lucro, no entanto, é muito grande. Não haverá sobras.
O negacionismo sobre a “emergência climática” quer justificar, por exemplo, o uso indiscriminado de agrotóxicos, a invasão de terras que pertencem aos povos tradicionais, as queimadas, os desmatamentos, a grilagem e a especulação imobiliária. A agricultura familiar, e os assentamentos da reforma agrária, produzem comida sem veneno; indígenas e quilombolas resistem, na defesa de seus territórios; e, nas cidades, os movimentos de moradia lutam para combater o déficit habitacional. A solidariedade é essencial, mas o enfrentamento da “emergência climática” precisa assegurar o atendimento de todas as demandas populares e, ao mesmo tempo, garantir o futuro da humanidade.
A luta ambiental, especialmente diante da “emergência climática”, pode cumprir o mesmo papel que teve a luta democrática, no final dos anos 70 do século passado, na redemocratização. Teríamos a companhia de ambientalistas conservadores, adeptos da jardinagem no lugar da luta ambiental. O componente da luta de classes, no entanto, pode fazer uma grande diferença na disputa. A bandeira socialista fará com que a luta ambiental seja mais consequente, e evitará a armadilha de fortalecer latifundiários (supostamente) civilizados. O sonho de igualdade, por outro lado, pode motivar a juventude, para a construção do mundo socialista.
Pessoas com habilidades musicais e/ou poéticas, colaboram com a sensibilidade coletiva. Mas, desgraçadamente, pessoas com instintos cruéis e assassinos acabam contribuindo para que sentimentos nefastos se espalhem. O fascismo se utiliza disso, para se implantar. Os seguidores do “coiso”, infelizmente, são pessoas cruéis que acharam um representante institucional. O sucesso desse tipo de estupidez, no entanto, é efêmero. Somos seres coletivos, e queremos o bem uns dos outros. É muito importante valorizar a música e a poesia. Enquanto tivermos a melodia como maior motivação, estaremos distantes de soluções individualistas e autoritárias.
O negacionismo climático, infelizmente, não é uma novidade. Os capitalistas sempre tentaram relativizar a poluição (do ar e das águas) em nome do desenvolvimento. Mais recentemente, no entanto, em aliança com o fascismo, o capitalismo pretende legalizar desmatamentos e invasões, usando como justificativa o progresso. O movimento ambientalista e as comunidades atingidas sempre se mobilizaram contra a estupidez, mas essas mobilizações (heróicas) são insuficientes para impedir a crueldade. Somente a aliança das populações de áreas urbanas com a resistência de camponeses, indígenas e quilombolas pode barrar a tragédia
O negacionismo é inaceitável, em todos os seus aspectos, mas é mais grave quando nega a “emergência climática”. Ao tentar justificar invasões, desmatamentos e o uso de agrotóxicos, a imbecilidade fascista quer favorecer latifundiários, grandes empresários e especuladores e, ao mesmo tempo, pretende decretar a morte de pessoas e o fim da civilização. É inegável, por exemplo, que a produção de comida sem veneno acontece nos assentamentos da “reforma agrária”, mas os capitalistas insistem no incentivo ao latifúndio. Para enfrentar a “emergência climática”, é essencial que a luta ambiental tenha a parceria da luta pelas reivindicações populares das áreas urbanas.
A fuga da Zambelli é reveladora dos limites da punição dos fascistas. Além de dar um aviso do que pode acontecer com o “coiso”, ela institucionalizou uma espécie de “salvo conduto” para o golpista tupiniquim. A fuga deliberada estará reservada para figuras graúdas, como o próprio “coiso”, alguns poucos usuários de redes sociais e outras pessoas envolvidas com o golpismo. O pior de tudo é que, desgraçadamente, existe uma terceirização (para a PGR e o STF) de uma tarefa que cabe a uma aliança política, ainda inexistente. É urgente que seja formada uma “frente democrática”, capaz de recuperar o estado de direito, e de, ao mesmo tempo, impedir fugas previsíveis.
No final dos anos 70, do século passado, uma impressionante onda democrática tomou conta do Brasil. Aliados da ditadura, implantada pelo golpe de 1964, mudaram de lado (ou silenciaram). O fascismo tenta retomar a iniciativa política, mas isso, certamente, terá a mesma resistência de outros tempos. A dificuldade será encontrar uma bandeira única, que seja capaz de unificar todas as demandas da civilização. A luta pela volta da democracia hegemonizou o país, e é possível que a defesa do meio ambiente cumpra, nos dias atuais, o mesmo papel. Conquistamos a redemocratização, e vamos avançar na recuperação e preservação do meio ambiente, em defesa da vida.
Absurdos frequentes têm o objetivo, espúrio, de conquistar curtidas nas redes sociais. As imbecilidades, no entanto, disseminam a morte, prejudicam a população e favorecem os negócios. É o caso, por exemplo, de uma iniciativa (estúpida) de uma parlamentar catarinense, que quer desobrigar que os pais vacinem as crianças. A deputada, com certeza, já terá conseguido curtidas e compartilhamentos suficientes para sua monetização, mas, se a ideia absurda for em frente, o resultado (previsível) será uma baixa cobertura vacinal e, consequentemente, a superlotação dos hospitais públicos, o que favorece a saúde privada e ataques ao SUS.
As ofensas contra Marina Silva são execráveis. O comportamento, inaceitável, fica pior quando se verifica o objetivo dele. Quiseram calar a ministra para levar adiante a ideia, absurda, de flexibilizar o licenciamento ambiental. Os ataques, machistas e misóginos, se colocaram como aliados de latifundiários e destruidores do meio ambiente. A reprovação, generalizada, do comportamento, retrógrado, deve se somar com todos os protestos contra o PL da devastação. Lugar de mulher é onde ela quiser, e a floresta deve ser recuperada e preservada. Os representantes dos grileiros querem abrir caminho para mais destruição.
Quem enxerga lucratividade imediata despreza a vida, e teima em promover o avanço do capital sobre bens coletivos, mesmo sabendo que a invasão vai prejudicar as pessoas. No caso específico da cidade de São Paulo, a privatização da Sabesp vai muito além dos aumentos nas contas de água (um prejuízo difícil de medir), e quer dar, aos novos proprietários, a possibilidade infinita de exploração privada de um bem que pertence a todas as pessoas. Ao participar da décima nona edição do evento “Abraço Guarapiranga”, a população quer dar mais um grito de protesto contra a crueldade. A civilização humana quer seguir em frente, com direito a água para todas as pessoas.
Entre as conquistas da minha geração, a mais importante é a redemocratização do país. Vivemos em um “estado democrático de direito”, e é isto que nos permite, por exemplo, exigir a punição de todos os golpistas e, ao mesmo tempo, isto prevê, também, que eles tenham direito ao devido processo legal. O poder econômico, no entanto, é um dos principais problemas da democracia, e a classe dominante sempre vai tentar excluir as classes populares do processo de escolhas e decisões. A democracia só se realiza, plenamente, com a inclusão de todas as pessoas. Completar a redemocratização do país pressupõe, obrigatoriamente, o fim da influência do poder econômico na democracia.
Todas as vezes que fico sabendo da morte de alguém fico muito triste. Me dá a sensação de que minha geração está indo embora. Nestes momentos, também sinto a partida de pessoas que se tornaram referências da luta por um mundo melhor. Quando sou convidado para um aniversário, por outro lado, sinto o prazer de celebrar a vida e a luta. No período recente tive motivos para ficar triste. Perdemos Dom Angélico, o Papa Francisco e o Sebastião Salgado (para citar três exemplos). Mas, para minha alegria, muita gente ficou, e a tarefa, de servir de referência, continua. Estive na celebração dos 80 anos do Stanislaw Szermeta, e pude renovar o compromisso com a construção do futuro.
A exemplo do que é usual, quando das greves no transporte público, o noticiário desta segunda-feira concentrou imagens e comentários em eventuais transtornos causados à população, e nas ações policiais para combater os manifestantes, sem veicular qualquer declaração de liderança do movimento de moradia, e sem citar o principal motivo dos protestos. O objetivo midiático, mais uma vez, foi contribuir para a revolta da população com os movimentos sociais populares e, neste caso específico, de encobrir a justa demanda por “despejo zero”, maior motivação da mobilização. Todas as pessoas têm direito a moradia digna.
Os estados da região sul do Brasil têm uma cobertura vacinal menor do que no restante do país. Mas o problema, desgraçadamente, é nacional. O discurso imbecil contra a imunização, infelizmente, influencia pessoas além da bolha conservadora. A pregação contra as vacinas caminha, de braços dados, com a iniciativa midiática de atacar o SUS. A televisão, por exemplo, mostrou extensa reportagem, dominada por filas, esperas e anúncios de desistência. A parceria entre a insanidade e o interesse na privatização é uma estranha aliança entre malucos, empresários e mandatários conservadores. O povo tem que enfrentar a parceria cruel, e reforçar a defesa do SUS.
A fotografia cumpre o papel de falar através das imagens. Textos extensos, muitas vezes, não conseguem passar a mensagem contida num registro. Tenho o privilégio de conviver com gente como Ennio Brauns, Tuca Melges, Jesus Carlos, Chokito, Vera Iursis, Douglas Mansur e muitas outras pessoas, que se dedicam à magia das fotos, e cujos registros eternizam momentos e, também, mostram o desenrolar dos fatos. Não conheci Sebastião Salgado pessoalmente. Suas imagens retratam a crueldade do capitalismo, no Brasil e no mundo, mas, especialmente, suas fotografias criam movimento, para fazer a denúncia do inaceitável e, também, para mostrar o protagonismo de quem enfrenta a exploração.
Massacres, como o que ocorre em Gaza, e o fenômeno fascista, só acontecem porque contam com apoio de parte da população. Nada justifica o massacre do povo palestino, e nunca houve explicação razoável para operação militar que, para vingar a morte de um policial, resultou no assassinato de mais de três dezenas de pessoas. O raciocínio, truculento, de que todas as pessoas que moram em Gaza são “terroristas”, é muito semelhante ao que qualifica a população de um bairro de São Vicente como “bandidos”. O primeiro-ministro de Israel foi eleito e o governador paulista (chefe da PM) também. É revoltante que a legitimidade política deles signifique a morte das pessoas.
Não será simples superar a exclusão social. Os defensores dela também defendem absurdos compartilhados com parte da população, e isto lhes dá uma vantagem significativa. O ponto de partida dos fascistas é o senso comum, entranhado nos corações e nas mentes de algumas pessoas. A intensa propaganda, de uma pauta moral, não pode esconder que o fascismo tem objetivos estratégicos que vão muito além da discussão sobre costumes. Amparado na insanidade e na ausência de conhecimento, o fascismo tenta, de todas as formas, a institucionalização das regras cruéis do neoliberalismo. A maioria da população brasileira rejeita o aprofundamento da exclusão do capitalismo, e quer a igualdade.
É evidente que pessoas culpadas por desvio de dinheiro público devem ser punidas exemplarmente. O castigo individual é um meio para evitar que episódios de corrupção aconteçam outras vezes, mas o estímulo ao enriquecimento individual continuará produzindo novos casos, enquanto houver capitalismo. Sempre será difícil medir o enriquecimento individual, que ocorre através da invasão de terras pertencentes a povos tradicionais, ou pela apropriação de novas tecnologias (que pertencem a todas as pessoas) ou, ainda, com a exploração do trabalho humano. A corrupção faz parte das regras do neoliberalismo. Quem pratica pode (e deve) ter punição, mas o sistema sempre é poupado.
Segundo algumas pesquisas, indicadores (positivos) do governo do presidente Lula não são suficientes para sua aprovação geral. É sintomático, por exemplo, que prefeitos tenham sido eleitos com apoio (explícito) do “coiso”. A onda antipetista tem apoio da mídia tradicional, e engajamento nas redes sociais, e isso pode contribuir, significativamente, para o crescimento da representação institucional do fascismo. Uma contraposição (eficaz e efetiva), às mentiras e absurdos de apoiadores e seguidores do “coiso”, terá que ser construída, a partir dos municípios, com o fortalecimento de movimentos sociais populares, de lideranças progressistas e de defensores da democracia.
Declarações machistas, de jornalistas/apresentadoras/comentaristas (mulheres) contra a Janja, dizem muito sobre o comprometimento da emissora onde trabalham, e menos sobre o engajamento pessoal delas. A veiculação das fofocas foi uma decisão da Rede Globo, mas elas aceitaram o papel de porta-vozes da infâmia. Ao omitir, do seu noticiário, acordos comerciais com a Rússia e com a China, e ao destacar um suposto (e inexistente) deslize da primeira dama, a emissora quer alcançar alguns objetivos: quer credenciar o mercado financeiro, como único porta-voz do Brasil, em qualquer negociação; e quer, também, reforçar absurdos do fascismo, como a secundarização das mulheres.
A onda, sobre bonecos realistas, é mais um exemplo do grau de loucura de algumas pessoas. O mais grave, contudo, é que uma senadora da república pretende que pessoas, atingidas pela insanidade provocada por esses bonecos, tenham atendimento no SUS. Ao se ocupar do assunto da moda, a senadora quer tratar a fantasia insana com dinheiro público, quando existem inúmeras outras prioridades, como é o caso, por exemplo, dos trabalhadores de aplicativo, expostos permanentemente a acidentes. Ela desconsidera, também, a situação de mulheres da periferia, que se multiplicam para tratar de crianças (de carne e osso) e que, ao mesmo tempo, têm que dar conta das tarefas do seu emprego.
As pessoas que passam por nossas vidas, sempre nos ensinam. Pessoas como “Pepe Mujica” fazem muito mais do que ensinar. Tornam-se sinônimos da luta por um mundo melhor e mais justo. Não tive a honra de conhecê-lo pessoalmente, mas ele se transformou em uma referência para a minha vida. A tristeza é grande, mas, ao mesmo tempo, as lições que ficam serão maiores. Vou me orgulhar, sempre, do privilégio de ter vivido ao mesmo tempo que ele.
O poder judiciário, se limitará a cumprir o papel de decretar a punição de anormalidades individuais, ficando, ainda, muito distante de condenar o “conjunto da obra” do capitalismo. A punição do “coiso” não significará a condenação do aprofundamento da exclusão que ele defende. A democracia brasileira, ao consagrar o estado de direito, pode decretar a prisão dos golpistas, mas não condenará, explicitamente, o golpismo. A punição do “coiso”, e de outros golpistas, é urgente, especialmente para coibir outras iniciativas contra o estado de direito. Mas a consciência democrática deve avançar, cada vez mais, para a construção de um senso coletivo de igualdade.
A ditadura, implantada pelo golpe de 1964, teve um claro conteúdo de classe. Para os empresários era impossível conter os avanços dos trabalhadores. Com a truculência, tentaram manter e ampliar a exploração. A retomada das lutas, entretanto, obrigou os golpistas a promoverem uma “distensão lenta, gradual e segura”, o que resultou na redemocratização do país. Os trabalhadores conquistaram melhorias salariais e de condições de trabalho, e o povo avançou em vários setores, mas a crueldade do capitalismo persiste, e quer, com o fascismo, aprofundar a inaceitável exclusão. O momento recomenda o aprimoramento da democracia conquistada, e a intensificação de todas as lutas.
As pessoas que passam por nossas vidas, sempre nos ensinam. Pessoas como “Pepe Mujica” fazem muito mais do que ensinar. Tornam-se sinônimos da luta por um mundo melhor e mais justo. Não tive a honra de conhecê-lo pessoalmente, mas ele se transformou em uma referência para a minha vida. A tristeza é grande, mas, ao mesmo tempo, as lições que ficam serão maiores. Vou me orgulhar, sempre, do privilégio de ter vivido ao mesmo tempo que ele.
A combinação de antipetismo, insanidade/imbecilidade e dominação capitalista persiste, e o “coiso” é o nome para enfrentar o presidente Lula e o PT, em 2026. O comportamento execrável dele, de seus parentes e de seus aliados, pode ser a alternativa eleitoral de quem defende o aprofundamento da exclusão social. O nome do governador de São Paulo reforça o conteúdo ideológico do “coiso”, e a proximidade entre eles é visível. O apoio da grande mídia, e das plataformas digitais, influencia resultados de pesquisas, e será decisivo, na hora do voto. Responder mentiras e provocações e, ao mesmo tempo, construir uma frente contra o fascismo, será a alternativa dos progressistas.
É difícil resistir à tentação de responder a provocações fascistas. As classes populares também encontram dificuldades para pautar o debate político. Iniciativas, de nossos inimigos, se baseiam no senso comum, e contam com o apoio explícito das plataformas da internet. Nosso maior esforço, no entanto, deve evidenciar proposições e posicionamentos, que evitem dar palco para os fascistas, e que, ao mesmo tempo, destaquem as demandas e reivindicações populares. Os debates, sobre a redução da jornada de trabalho (com o fim da escala 6x1), sobre a defesa do SUS e sobre a aliança com os trabalhadores do campo, devem estar presentes, sempre, em todas as manifestações e postagens.
A revelação de que as mesmas pessoas que intermediaram vacinas, na época da COVID, também estão implicados com as fraudes do INSS, é mais uma demonstração da maldade do golpismo. Querem silenciar os que discordam; e querem a cumplicidade de quem concorda com eles. Contam com o apoio das grandes plataformas de internet (para quem as denúncias são fatos pitorescos); e têm a conivência da mídia tradicional (que faz de fatos inaceitáveis mais um componente da demonização da política). Além da punição exemplar dos responsáveis, também é preciso modificar a pauta do debate público. O povo precisa de moradia digna, de redução da jornada de trabalho e de isenção do IR.
A produção agrícola, que alimenta as cidades, vem dos assentamentos da reforma agrária e da agricultura familiar. O MST é, sem nenhuma dúvida, a organização popular com maior influência política no país. O conteúdo ideológico contribui para a mobilização militante das pessoas. Mas, infelizmente, a ligação das cidades, com o movimento concreto, ainda é insuficiente para enfrentar o neoliberalismo. Homenagens, como a “salva de prata”, outorgada pelo vereador paulistano Jair Tatto, e eventos como a V Feira da Reforma Agrária, são exceções que reúnem o MST e as áreas urbanas. A “emergência climática”, no entanto, pode tornar urgente a aliança concreta do meio rural com as cidades.
Os Estados Unidos da América e a Europa nunca comemoram o “Dia da Vitória”. Preferem exibir uma operação militar (o desembarque de tropas aliadas na Normandia), provavelmente para deixar claro, para o mundo, o poderio norte-americano, e reforçar a tendência armamentista. O “Dia da Vitória”, para todas as pessoas que lutam contra a exclusão, tem o significado de reforçar a democracia e de rejeitar a guerra, como solução para os problemas da humanidade. Celebrar a derrota dos nazistas (obra do exército vermelho) tem, também, o papel, histórico, de destacar a defesa da vida que, neste momento, significa um posicionamento, claro, contra o massacre do povo palestino.
Na V Feira da Reforma Agrária... no Parque da Água Branca...
O projeto político, que se utiliza da falta de conhecimento e de informação, está plantando as bases do que pode ser o aprofundamento da exploração capitalista. O crescimento da exclusão pode acontecer, em grande medida, por causa da insuficiência do protagonismo das pessoas excluídas. A geração que conquistou a redemocratização está morrendo fisicamente. Isso pode significar, também, o esgotamento do papel histórico dessas pessoas. Mas é possível enfrentar o projeto político que pretende se impor. Fomos herdeiros ideológicos de pessoas que combateram a ditadura, implantada pelo golpe de 1964. Construiremos as consciências de pessoas que sejam protagonistas de um futuro de igualdade.
A mentira pretende cumprir o papel conjuntural de desacreditar o governo democrático e popular, mas quer, sobretudo, aprofundar laços e compromissos com o capitalismo financeiro. A notícia falsa mais recente, sobre o INSS, não resistirá aos desmentidos e fatos concretos. A mentira vai convencer, somente, pessoas sem nenhum caráter, e gente desinformada. A notícia falsa, entretanto, pode contribuir para desacreditar a previdência pública, e abrir espaço para o setor privado. O desmentido é imprescindível, mas devemos, também, combater o projeto assassino. No caso do INSS, o desafio é restabelecer a verdade e fazer a defesa da previdência pública.
O golpe de 1964 interrompeu, bruscamente, uma série de reformas, que o Brasil iria experimentar. O Ato Institucional número 5 (AI-5), em 1968, instalou, no país, uma situação de violência estatal, a serviço da ditadura. Durante o período ditatorial, além da tortura e da violência institucionalizada, ocorreu, também, o chamado “milagre econômico”, quando a manipulação, dos números da inflação, permitiu grandes lucros, sem repasse para os salários. Sindicatos de trabalhadores eram controlados por pessoas de confiança do regime, e nada fizeram. Com o fim da ditadura, os trabalhadores puderam, então, iniciar a luta pela “reposição das perdas salariais”, que dura até hoje.
Nas escolas públicas, ao mesmo tempo em que são eliminadas disciplinas, como filosofia e história, vem ocorrendo um crescente processo de militarização, comandado pelo governador de São Paulo. As informações representam, desgraçadamente, o aprofundamento da preparação para um futuro golpista. Doutrinado em escolas militares, e ignorante sobre o próprio passado e sobre valores filosóficos positivos, o povo pode se tornar sensível ao discurso golpista. Além da resistência, de professoras e de professores, é urgente que todas as pessoas progressistas defendam o ensino público. A educação de qualidade é a garantia do futuro de igualdade.
A morte trágica, de um usuário do metrô, é mais um fato lamentável, na esteira cruel do processo de privatização. Na lógica, privatizante e neoliberal, usuários se tornam clientes, e podem ser vítimas de tragédias, como a de ontem. O raciocínio privatista (estúpido e cruel) também é responsável pelo negacionismo (das vacinas e da emergência climática). Querem perdoar os golpistas de 8 de janeiro de 2023, e tentam culpar quem manda investigar pelas fraudes no INSS. O fascismo não conhece limites, e o capitalismo liberal só quer lucrar. A denúncia dos crimes é muito importante, mas é preciso, também, reverter essa onda, para priorizar a luta pela democracia e pela igualdade.
Chama a atenção a quantidade de visualizações das postagens com assaltos e outras tragédias. Não é improvável, por exemplo, que muitas marcas disputem espaço publicitário junto a essas postagens, e também é possível a monetização de autores dos vídeos (e de pessoas que fizerem seu compartilhamento). A viralização das postagens pode, ainda, municiar discursos demagógicos de figuras públicas, que prometem “acabar com a violência”. O povo, além de não ganhar dinheiro algum, continuará sendo enxergado (mesmo por vizinhos) como criminosos potenciais. Para a proteção da vida de todas as pessoas, é urgente a regulamentação da internet, que impeça esse tipo de postagem.
A ameaça, de atentado, em um show musical, pode significar que estamos vivendo uma situação perigosa. Declarações de ódio saíram da internet, e ameaçam atacar pessoas. Os donos das big-techs (e seus apoiadores) rejeitam qualquer regulamentação, especialmente porque faturam com o ódio e com a mentira. Alguns influenciadores defendem as plataformas, em nome da “liberdade de expressão”. O ódio (contra imigrantes, contra mulheres e contra pessoas LGBT) coincidem com o discurso de figuras públicas de extrema direita. O ódio e a violência querem ter legitimidade e representação política. A regulamentação das redes sociais é urgente. A civilização não pode ser refém do ódio.
Atitudes, como a que atacou instituições, no dia 8 de janeiro de 2023 e a que queria matar pessoas no show de Copacabana; e as privatizações de empresas e serviços, como na SABESP, na CPTM e na educação pública, têm o mesmo conteúdo fascista e excludente. Mandantes, incentivadores e financiadores das ações violentas devem ter punição exemplar, para que nunca mais se repitam; e para que não sirvam de inspiração para outros imbecis. As privatizações, por outro lado, precisan ter um combate permanente, para impedir que tudo o que foi construído, com dinheiro público, seja entregue para exploração privada. Privatizar o patrimônio público é uma violência contra o povo.
O debate (necessário), sobre culpas e punições, pode nos distanciar da discussão sobre o tipo de sociedade que queremos. Fascistas e capitalistas têm, como objetivo claro, o enxugamento crescente da máquina estatal, e o fortalecimento do setor privado. Eles não se importam (muito) com eventuais punições. Fazem a defesa de acusados, somente para ter quem defenda ideias de exclusão. Para o fascismo e para o capitalismo, as pessoas são descartáveis. Para nós, a igualdade, entre todas as pessoas, é muito importante. Isso não dispensa qualquer punição. A defesa da igualdade não perdoa golpistas. Mas, sobretudo, devemos, sempre, reforçar o projeto socialista.
Para dialogar com o antipetismo, o fascismo brasileiro sempre recorre a absurdos. O objetivo é ter base social que reforce suas ideias. No caso específico do INSS, querem desmoralizar a instituição e abrir espaço para a previdência privada. Comentários e manifestações de ódio, contra o irmão do presidente Lula, pretendem aprofundar uma sensação de ingovernabilidade e, ao mesmo tempo, querem enfraquecer todas as entidades, para fortalecer a presença do mercado financeiro no setor. Para enfrentar essa situação, é essencial reforçar a importância da previdência pública e, ao mesmo tempo, fortalecer as entidades coletivas de aposentados e pensionistas.
Na noite de ontem, numa conversa com o companheiro Tiãozinho, acabamos chegando à conclusão que, hoje, as aplicações no mercado financeiro geram mais lucros do que qualquer investimento produtivo. Mesmo as indústrias não escapam disso. Para antecipar receitas, trocam suas notas fiscais por dinheiro, e pagam juros por isso. O mais trágico é que a lucratividade do mercado financeiro acontece, sempre, em detrimento da vida. Executivos da Faria Lima atacam o governo do presidente Lula porque querem mais dinheiro para a especulação e, consequentemente, menos investimento produtivo. O governo democrático e popular quer uma nova política industrial, com mais e melhores empregos.
As tragédias, provocadas pela situação de “emergência climática”, se multiplicam. O negacionismo explícito se junta com a negativa de providências concretas, e o risco de novas tragédias é iminente. Os grandes veículos de comunicação, embora reconheçam o perigo, se omitem na divulgação da responsabilidade empresarial pelo desastre. Querem igualar moradores da periferia e destruidores de florestas. Empresários tentam disfarçar o próprio negacionismo, em nome do progresso. Querem repartir com o povo a culpa (que é deles). As classes populares devem incluir a pauta ambiental em todas as mobilizações. A perspectiva do desastre existe por causa da busca pelo lucro.
A exploração capitalista nunca foi aceita por trabalhadoras e trabalhadores. Com mobilizações e greves, sempre buscamos a melhoria contínua das condições de trabalho e dos salários. No Brasil, inicialmente, a mão de obra era escrava, por tempo indeterminado e sem nenhuma remuneração. A luta heróica, de muitas pessoas, fez com que fossem superadas as jornadas estafantes e a ausência de salários, mas, desgraçadamente, ainda não conseguimos vencer a exploração capitalista. A tarefa mais importante, em todos os momentos, da luta por dignidade, é lembrar que as pessoas merecem um mundo com paz e igualdade.
Com obras, aparentemente administrativas, querem aprofundar a inaceitável exclusão social. Iniciativas, como o despejo das famílias da favela do moinho e como a construção de estacionamento embaixo do Minhocão, caminham, lado a lado, com discursos chamando servidores de “vagabundos” ou que enaltecem a riqueza de uma minoria. Higienismo e destruição ambiental querem o aprofundamento da exploração do capitalismo. Como diz o presidente Lula “é preciso governar para todas as pessoas”. É essencial combater a exclusão, mas principalmente, é urgente buscar a igualdade.
O discurso de uma vereadora paulistana, que declarou que trabalhadores municipais teriam inveja dela, “branca, bonita e rica”, é uma síntese da ideologia conservadora. Antes dela dizer esse disparate, outros vereadores já tinham chamado professores municipais de “vagabundos”. Ela só seguiu a mesma trilha de insanidade, comum em apoiadores do prefeito e em seguidores do “coiso”. É assustador que essas figuras públicas tenham chegado à Câmara Municipal pelo voto, o que pode significar que parte da população paulistana embarcou na onda de intolerância do fascismo. Para enfrentar a insanidade, é urgente a disseminação de valores positivos, como a igualdade e a generosidade.
O anúncio, sobre uma suposta camisa vermelha para a seleção brasileira de futebol, ocupou as redes sociais e o noticiário. Parlamentares quiseram proibir uma inexistente mudança. Mas a ideia não seria absurda. O segundo uniforme da seleção da Alemanha, por exemplo, é cor de rosa. Mas a ideia nem é original. O companheiro Marcos Antonio Ferraz, quando viu os fascistas vestindo a camisa amarela, passou a produzir (e comercializar) camisas vermelhas da seleção, com o número “13” nas costas. Diante da fraqueza da nossa seleção de futebol, todos desaprovam a apropriação marketeira. Não será a mudança da cor da camisa, que vai melhorar o desempenho dos jogadores.
A quantidade de absurdos e de incoerências do fascismo é tão grande que, ao que tudo indica, isso é proposital. O perigo é que absurdos, como o negacionismo da “emergência climática”, convivem com uma indisfarçável postura de classe. A imitação (revoltante) de pessoas com falta de ar e o discurso que quer barrar a taxação dos muito ricos, têm o mesmo destinatário. Querem banalizar a morte e pretendem naturalizar o acúmulo de dinheiro. O avanço do fascismo, precisa ser combatido com a multiplicação de desmentidos e de iniciativas para implantação da educação e do conhecimento. Mas, muito especialmente, o melhor combate sempre será o posicionamento classista, ao lado dos trabalhadores e do povo.
O espaço institucional, embora seja uma trincheira muito importante, é dominado pela ideologia capitalista e conservadora. Ainda que alguns parlamentares recorram ao bom senso, na hora de votar projetos, parte deles obedece ordens do poder econômico. Por causa disso, especialmente, é essencial o engajamento em conselhos e comissões, e a participação em audiências públicas e em manifestações populares. Conservadores agem para esvaziar espaços de participação, ou funcionam como linha auxiliar de interesses empresariais. A participação popular é essencial para barrar projetos da direita, mas, especialmente, é urgente para a aprovação de pautas de interesse da maioria do povo.
“Minha estrada, meu caminho, me responda de repente… se eu aqui não vou sozinho, quem vai lá na minha frente… tanta gente, tão ligeiro, que eu até perdi a conta… mas lhe afirmo, violeiro, fora a dor que a dor não conta… fora a morte quando encontra, vai na frente um povo inteiro | (Sidney Miller)"
Tudo o que existirá, no futuro, terá sido construído, ao longo do tempo, por pessoas como a Adélia Prates. O que aconteceu no passado é muito mais do que a história, que aprendemos na escola ou que contamos aos nossos filhos e netos. A história sempre será importante na construção da igualdade. As pessoas, que fazem a história, são marcantes para o futuro que queremos conquistar
O fascismo se aproveita da baixa escolaridade, e da falta de conhecimento histórico, para disseminar mentiras e absurdos. O assalto ao aparato estatal, desgraçadamente, tem servido para piorar a qualidade do ensino público, para justificar privatizações e para eliminar matérias que reforçam o caráter das pessoas. O investimento, na educação pública é uma das prioridades do governo do presidente Lula, justamente para vencer a precariedade desejada pelos fascistas. Paralisações, na rede pública de ensino, devem contar, sempre, com o apoio da população e da comunidade escolar. A justeza das reivindicações deve se somar com a perspectiva de construção de um mundo mais justo.
O conservadorismo quer ocupar espaços nas instituições, nos corações e nas mentes das pessoas, para que suas ideias sejam transformadas em leis, em decisões judiciais e em costumes. A pauta é uma combinação cruel de preconceito, xenofobia, destruição ambiental e aprofundamento da exclusão capitalista. O enfrentamento, da onda fascista, exige o fortalecimento de todas as instituições internacionais e, especialmente, de organismos e frentes destinadas a se contrapor ao fascismo. A tarefa internacional deve se somar com iniciativas locais, como federações partidárias pela democracia e frentes (municipais e estaduais) em defesa do estado democrático de direito.
Um exemplo recente do avanço (perigoso) do fascismo é a eleição norte-americana. O vencedor se valeu do nacionalismo, que pretende aumentar o domínio norte-americano” no mundo, para conquistar votos. No Brasil, muito especificamente, os fascistas usam da mentira e da desinformação, para se espalhar pelo país. O apoio do poder econômico e das plataformas digitais é explícito e, no caso do Brasil, pode ser decisivo em 2026. O secretário nacional de comunicações do PT participou de reunião, em Moscou, com o objetivo de combater o fascismo, em todo o mundo. É necessário, também, que sejam implantados comitês de defesa da democracia, em todos os estados e municípios do Brasil.
No Diretório Zonal do PT de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, a única chapa inscrita, até agora, para o Processo de Eleição Direta - PED, tem o nome do Hugo do Carmo (que as pessoas conhecem como “Mussum”), como forma de reverenciar a enorme referência desse combatente, em todas as lutas da região. Operário da Villares, ele é um dos grandes lutadores, e participou de todos os momentos. Os companheiros e as companheiras de Santo Amaro, com a iniciativa, mostram que é necessário promover a renovação do PT, mas é essencial fazer homenagens a pessoas como o “Mussum”. Ainda temos muito que avançar. O caminho para o futuro de igualdade depende de militantes como ele.
Não é incomum, para a esquerda, as constatações de ausência da juventude e de dificuldades no mundo digital. É importante considerar que a ausência da juventude se deve, em parte, à falta de envolvimento militante, agravada pela diminuição do protagonismo de entidades próprias dessa faixa etária. O mundo digital é uma novidade que os mais experientes não aprenderam a usar. Os mais jovens, por sua vez, ingressam nesse espaço seguindo "influencer's" e coach's", que seguem a tendência do poder econômico das "big-tech's". O ideário conservador não é muito diferente do passado, mas a rapidez das redes sociais serve para potencializar seu conteúdo. Para enfrentar a situação, é urgente imprimir outro tipo de conteúdo, centrado na democracia, na solidariedade e na igualdade. Enfrentar as grandes plataformas é muito difícil, mas podemos hegemonizar o debate ideológico.
Declarações públicas, genéricas e superficiais, sobre o Papa Francisco, servem de disfarce, para a culpa neoliberal. Figuras públicas, como o prefeito paulistano e o governador de São Paulo, cumpriram a formalidade do lamento, mas são responsáveis pelo aprofundamento da exclusão. A constatação da hipocrisia, mesmo necessária, é insuficiente para enfrentar o neoliberalismo. O legado mais importante do Papa Francisco é o protagonismo das pessoas excluídas. É essencial o fortalecimento dos sindicatos de trabalhadores, das associações de moradores e de todas as entidades populares. A hipocrisia fascista pretende aprofundar a exclusão, mas a maioria do povo quer o fim da fome.
Nunca vamos nos acostumar com a morte das pessoas. Sempre vamos lamentar as ausências, mas, ao mesmo tempo, nas perdas, é quando reforçamos a certeza de um mundo melhor. Perdemos, nesses dias, inspiradores da luta por igualdade. Mas os momentos de tristeza, paradoxalmente, servem para animar a caminhada. As mortes, de Dom Angélico e do Papa Francisco, cumprem o papel de aumentar a responsabilidade dos que ficam. O mundo e o futuro serão mais justos, por causa do bispo dos operários e do papa dos pobres. Suas memórias serão honradas, sempre, através da luta pela igualdade.
que acumulamos, durante milênios de civilização, só pode nos conduzir para a democracia e para a paz. A representação política, no entanto, elege mandatários públicos que contrariam o bom senso. Não são poucas as pessoas que ocupam mandatos eletivos e que, ao mesmo tempo, defendem o horror das ditaduras e o extermínio de pessoas. No Brasil, por exemplo, vivemos o paradoxo da iminente prisão do “coiso” e a eleição de gente apoiada por ele. A influência do poder econômico é responsável pela presença de representantes do capitalismo no aparato público, mas algumas ideias são inaceitáveis, como é o caso da resistência inexplicável em regulamentar o funcionamento das “big-techs".
O aprofundamento da exploração capitalista reúne uma aliança integrada por fascistas insanos, rentistas do mercado financeiro, e empresários que se beneficiam de políticas públicas do governo do presidente Lula. Pretendem a derrubada do projeto democrático e popular, e nunca descartam a alternativa de um golpe. Para enfrentar a ampla aliança liberal, é essencial a construção de uma frente, semelhante à que existiu, no final da ditadura implantada pelo golpe de 1964. Nunca teremos a ilusão de que os integrantes da frente progressista e democrática defenderão as mesmas teses que nós, mas, ao menos, queremos que nossos aliados sejam defensores da democracia e da civilização.
A juventude, em geral, concentra suas preocupações na própria carreira. É flagrante, por exemplo, a necessidade de sucesso financeiro. Para dialogar com essa busca, há várias propostas, na internet, de enriquecimento individual. Influenciadores e treinadores enriquecem, divulgando cursos e recolhendo inscrições, sem viabilizar o que prometem. A ideia deles é enriquecer, por causa da enganação e, ao mesmo tempo, querem cumprir o papel de substituir políticas públicas de inclusão educacional. É urgente a popularização de programas coletivos (como o “ProUni” e o “Pé de Meia”) para enfrentar as falácias do fascismo, e para promover o desenvolvimento de todas as pessoas.
A disseminação de notícias falsas, representa mais lucros, para os donos das plataformas; e monetização para autores de postagens. O controle privado, de empresas estatais, é outro negócio muito lucrativo. Promotores de privatizações estão possibilitando que empresários vivam em um “capitalismo sem risco”. As pessoas precisam de água e de energia elétrica. O capitalismo já é ruim, para a maioria das pessoas, mas eliminar o risco significa amplificar a crueldade. Nos casos da água, do esgoto e da energia elétrica, o monopólio é evidente. Fornecedores e prestadores de serviços são os mesmos. Na origem de notícias falsas e de privatizações desenfreadas, está o mesmo fascismo.
A disseminação de notícias falsas, representa mais lucros, para os donos das plataformas; e monetização para autores de postagens. O controle privado, de empresas estatais, é outro negócio muito lucrativo. Promotores de privatizações estão possibilitando que empresários vivam em um “capitalismo sem risco”. As pessoas precisam de água e de energia elétrica. O capitalismo já é ruim, para a maioria das pessoas, mas eliminar o risco significa amplificar a crueldade. Nos casos da água, do esgoto e da energia elétrica, o monopólio é evidente. Fornecedores e prestadores de serviços são os mesmos. Na origem de notícias falsas e de privatizações desenfreadas, está o mesmo fascismo.
A previsão, manifestada por Francis Fukuyama, de que, com a queda do muro de Berlim, teria ocorrido uma espécie de “fim da história”, nunca se confirmou, mas os defensores do capitalismo liberal continuam insistindo. O anticomunismo conta com o apoio explícito das big-techs. Mentiras e absurdos do fascismo se tornaram métodos de disputa política. A previsão de sucesso absoluto do capitalismo não se realizou, por causa da atuação de socialistas e democratas, mas essa aliança precisa se tornar mais efetiva. A tarefa mais importante, neste momento, deve ser a de construir um mundo de igualdade. Além de barrar a previsão do Fukuyama, temos o papel de fazer uma nova história.
Absurdos e mentiras são marcas perceptíveis do fascismo brasileiro. Espera-se, no entanto, que esses predicados execráveis, nunca sejam acompanhados mas, desgraçadamente, não é isso o que vem ocorrendo. O “coiso”, mesmo inelegível e prestes a ser preso, apoiou a reeleição do prefeito da maior cidade do país. O candidato apoiado pelo “coiso” foi reeleito. O povo paulistano está convivendo com um privatismo desenfreado, e sofre, por exemplo, com aumentos sucessivos nas contas de água. Absurdos e mentiras garantem o diálogo com a parcela mais desinformada da população, mas a vitória eleitoral de seguidores do “coiso” serve para implantar um projeto contra a maioria do povo.
O SUS, na pandemia, representou uma possibilidade concreta de amenizar os efeitos do vírus e de evitar uma tragédia ainda maior. O Sistema Único de Saúde, entretanto, é muito maior que o atendimento das UBS's e UPA's. O SUS se dedica a procedimentos complexos (como vacinações, transplantes e tratamentos) mas, principalmente, atende a todas as pessoas, indistintamente. É óbvio que temos que superar alguns desafios e dificuldades. Parte da remuneração do SUS está sendo apropriada por empresas de saúde privada. Meios de comunicação e celebridades, de olho na publicidade dessas empresas, sempre tentam, descredibilizá-lo. O SUS é uma conquista do povo, e deve ser fortalecido.
Ainda que ele seja um dos grandes inimigos do SUS, quis o destino que o “coiso” fosse socorrido graças à saúde pública. Brasileiros, que estavam nos Estados Unidos, foram expulsos, e a ministra dos Direitos Humanos foi receber os refugiados. O “coiso” e as pessoas expulsas dos Estados Unidos são antipetistas declarados, mas o SUS e os direitos humanos servem para todas as pessoas. O ódio, disseminado pelo fascismo, não contaminou o PT, nem os integrantes do governo do presidente Lula. O “coiso” e seus seguidores vão responder pelas ações contra a democracia, e devem ser punidos. A (improvável) impunidade dos golpistas seria contra a defesa dos direitos humanos.
Empresas e empresários sempre buscam aumentar seus lucros, através da invasão de terras pertencentes aos povos tradicionais, com a monocultura e com o desmatamento. O avanço da “emergência climática”, no entanto, agravou um problema, que já existia, e provocou uma aliança entre empresários e negacionistas. A ideia (estúpida) de atribuir a culpa da degradação ambiental a todas as pessoas, sempre poupou interesses empresariais, mas, ao se aliar ao negacionismo, também nega o bom senso mais elementar. O capitalismo, deliberadamente, destrói o meio ambiente e ignora a “emergência climática”. A luta pela preservação ambiental, portanto, é essencialmente anticapitalista.
As atitudes insanas e as manifestações de ódio têm adeptos e seguidores. Planos e desejos da morte, desgraçadamente, contam com a aprovação de algumas pessoas. As mentiras, propagadas pelo fascismo, podem ser atribuídas à desinformação e à falta de conhecimento, mas o ódio gratuito, infelizmente, é amplificado quando a pessoa já carrega esse sentimento; e a insanidade, por outro lado, é reveladora de uma espécie de desvio de caráter. Para enfrentar essa realidade difícil, é urgente a disseminação da solidariedade e da igualdade. Além de restabelecer a verdade, é essencial defender, também, a implantação de outra sociedade. O capitalismo é a raiz do ódio e da insensatez.
O fascismo se dedica a defender o perdão para os golpistas, e isso deve ser enfrentado com as demandas e reivindicações da maioria da população. Ocupar as ruas e praças, para defender a democracia e exigir a punição dos golpistas, deve acontecer, juntamente com a defesa da correção da tabela do IR, para isentar quem ganha até R$ 5 mil; da redução da jornada de trabalho, para conquistar a semana de 36 horas, e acabar com a escala 6x1; e do esforço de eliminar os impostos da cesta básica, para baratear os preços dos alimentos. Isso, de certa forma, já vem acontecendo, mas, ainda, de forma isolada e corporativa. Democracia é comida na mesa.
O fascismo brasileiro escolheu, desde muito tempo, o caminho da provocação. A manifestação pública de domingo é mais uma demonstração da escolha insana. Os xingamentos, dirigidos às instituições, têm o objetivo de provocar um enfrentamento que, na visão deles, tornaria inevitável a intervenção militar. Não existe sinal de que o projeto deles seja votado no parlamento, e lhes restou a alternativa (estúpida) de provocar. A esquerda e os progressistas, por outro lado, decidiram apostar no devido processo legal. Para sepultar o golpismo, teremos sangue frio para defender a democracia, e para seguirmos com a implantação de políticas públicas de inclusão social.
A combinação gastronômica absurda, dita em inglês, tomou conta das redes sociais, nesta segunda-feira, e resume o diálogo com a ignorância e com a completa ausência de bom senso. A situação é mais grave do que parece. Está acontecendo uma tentativa deliberada de comunicação com uma parcela da sociedade, totalmente desprovida de qualquer conhecimento básico. Marqueteiros profissionais (muito bem remunerados), dialogam com parte da população, através do “coiso”, e por meio de outras figuras públicas fascistas. Muito mais do que aprovar qualquer projeto, querem criar um clima de conflagração que justifique o golpe. Ditadura Nunca Mais!
O ato político deste domingo, na Avenida Paulista, é mais uma demonstração da exaltação da ignorância, promovida pelo fascismo. O esforço, deliberado, para mostrar atitudes ridículas como interessantes, está perto do exagero, e conta com a conivência e a cumplicidade dos meios de comunicação. É evidente que, para os socialistas e para as forças políticas progressistas, a eleição de 2026 é muito importante. Barrar o avanço do fascismo é, antes de tudo, uma solução de bom senso. Mas, sobretudo, além de nos ocuparmos com a próxima eleição, devemos, também, ampliar esforços para a preservação da vida, e para a sobrevivência das próximas gerações.
Ontem, ao receber a informação da morte do João Gomes, o Tiãozinho (presidente do PT de Santo Amaro) constatou que “estamos ficando velhos”. É inegável reconhecer que há uma geração de militantes que está indo embora. Pessoas, que se conheceram em manifestações e em reuniões, passaram a se encontrar em velórios e hospitais. Os encontros, além dos óbvios momentos de tristeza, também servem para homenagear as pessoas que estão indo embora, para celebrar a memória dos que partiram, e para renovar compromissos com a construção do futuro de igualdade. Somos mais fortes, nas tragédias, porque reforçamos as certezas de que não estamos sozinhos, e de que a história é eterna.
Ontem, ao receber a informação da morte do João Gomes, o Tiãozinho (presidente do PT de Santo Amaro) constatou que “estamos ficando velhos”. É inegável reconhecer que há uma geração de militantes que está indo embora. Pessoas, que se conheceram em manifestações e em reuniões, passaram a se encontrar em velórios e hospitais. Os encontros, além dos óbvios momentos de tristeza, também servem para homenagear as pessoas que estão indo embora, para celebrar a memória dos que partiram, e para renovar compromissos com a construção do futuro de igualdade. Somos mais fortes, nas tragédias, porque reforçamos as certezas de que não estamos sozinhos, e de que a história é eterna.
A situação da região metropolitana de São Paulo faz parte, todos os dias, do noticiário sensacionalista da TV. As notícias são suficientes, por exemplo, para que as pessoas passem a defender a não utilização de câmaras corporais por militares que, logo em seguida, fazem parte do discurso do governador turista. Não é difícil encontrar, em bairros da periferia, defensoras e defensores da pena de morte. O que pode se contrapor, a essa ofensiva fascista, é a divulgação massiva de inúmeras iniciativas culturais e de solidariedade, mas isso nunca vai aparecer, com destaque, no noticiário. Caberá, sempre, às pessoas dedicadas a lutar por um mundo melhor, a disseminação de boas notícias.
Na resistência à ditadura, implantada pelo golpe de 1964, e aprofundada com a edição do AI-5, em 1968, muitas pessoas, sob tortura, confessaram assaltos a bancos. A situação gerou, nas ruas, a palavra de ordem “anistia ampla, geral e irrestrita” e, ao mesmo tempo, criou a figura jurídica denominada “crimes conexos”. Sem isso, por exemplo, o capitão Lamarca seria, somente, um criminoso comum. Os golpistas de 8 de janeiro de 2023 devem ser punidos exemplarmente (assim como todos os seus mandantes, incentivadores e financiadores), mas o uso da palavra “anistia” pode ter o duplo papel de perdoar inimigos da democracia de agora, e de apagar figuras emblemáticas da nossa história.
A inelegibilidade do "coiso", e sua provável prisão, estão produzindo um deslocamento de apoios para o atual governador de São Paulo. O posicionamento antipetista é evidente, na mídia tradicional e no mercado financeiro, e Tarcísio de Freitas já se prepara para conseguir os votos que podem transformá-lo em presidente da república.