Ministra Marina Silva afirma que novas áreas de conservação no Amapá não impactam exploração de petróleo
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou de uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado nesta quarta-feira (XX) para esclarecer a criação de quatro áreas de conservação no Amapá. Segundo ela, as novas unidades de proteção ambiental não afetarão a exploração de petróleo na Margem Equatorial.
"As reservas ambientais e os blocos de exploração petrolífera estão distantes entre si, com uma distância mínima de 137 quilômetros. Isso garante que nossas políticas ambientais não conflitem com os interesses econômicos estratégicos", afirmou a ministra.
Biodiversidade como base econômica
Marina Silva destacou que a biodiversidade é um pilar fundamental para a economia brasileira e global. Ela citou que países em desenvolvimento dependem significativamente de seus recursos naturais:
"Destruir os fundamentos que sustentam 50% ou mais da economia é irracional. A agricultura, por exemplo, depende diretamente da estabilidade climática e dos ecossistemas".
Compromissos globais e retomada de políticas
A ministra reforçou que a criação dessas áreas está alinhada com as metas da Convenção sobre Diversidade Biológica e segue o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O projeto, interrompido em 2017, foi retomado em 2023 com base em mapeamentos de prioridades para a biodiversidade.
*Com informações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.